quarta-feira, 30 de setembro de 2009
** :D
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...
Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...
Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...
Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua...
Eu vou publicar os seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria...
Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...
MENTIRA --> Adriana Calcanhoto
Andreia 12ºG
Ericeira
terça-feira, 29 de setembro de 2009
seize the day
Hugo Reis 12G
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Tarde de Outono
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
Indira
Viver sempre também cansa!
"Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..."
Indira
Adeus!
Eugénio de Andrade
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
(foi mantida a grafia original)
Indira
«EAT, PRAY, LOVE...» (pois...)
" - (...) As pessoas pensam que uma alma gémea é o par perfeito e é isso que toda a gente quer. Mas uma verdadeira alma gémea é um espelho, uma pessoa que te mostra tudo aquilo que te retém, a pessoa que faz com que te centres em ti mesma para que possas mudar a tua vida. Uma verdadeira alma gémea é provavelmente a pessoa mais importante que alguma vez conhecerás porque deita abaixo as tuas defesas e desperta a tua consciência. Mas viver com uma alma gémea para sempre? Não. É demasiado doloroso. As almas gémeas entram na nossa vida para nos revelarem uma outra camada de nós mesmos e depois vão-se embora. E graças a Deus que assim é. O teu problema é que não consegues esquecer esta. (...) O problema é que não consegues aceitar que essa relação tenha tido uma vida tão curta. És como um cão no meio do lixo, querida - estás a lamber uma lata vazia, a tentar tirar mais comida lá de dentro. E se não tiveres cuidado, podes ficar com a lata entalada no focinho e dares cabo da tua vida. Por isso, larga-a.
- Mas eu amo-o.
- Então ama-o.
- Mas sinto a falta dele.
- Então sente. Transmite-lhe o teu amor e luz cada vez que pensares nele e depois esquece-o. Só receias deixá-lo ir totalmente porque nessa altura ficarás mesmo sozinha. (...)"
*
" - Então e se nos limitássemos a reconhecer que temos um mau relacionamento, mas que estamos presos a ele? E se admitíssemos que levamos um ao outro à loucura, estamos constantemente a discutir, quase nunca temos sexo, mas que não conseguimos viver um sem o outro, e simplesmente aceitássemos isso? Assim, podíamos passar as nossas vidas juntos - infelizes, mas felizes por não estarmos separados.
A prova de como o amo desesperadamente é que passei os últimos dez meses a ponderar seriamente essa hipótese. A outra alternativa que nos restava era um de nós mudar. (...)
Estou a tentar ignorar a parte de mim que anseia por descobrir que ele respondeu: «VOLTA! NÃO VÁS! EU VOU MUDAR!» (...)
Sei que é tudo pelo melhor. Sei que estou a escolher a felicidade ao sofrimento. Estou a conseguir espaço para que o futuro desconhecido encha a minha vida de surpresas. Sei tudo isto. Mas mesmo assim..."
In Eat, Pray, Love
*
Pois é. Este livro tem-me dado que pensar...
E pensei, sobretudo, no sentir de algumas pessoas que escrevem por aqui...
Gosto muito de vocês!
CC
"Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor
Meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens
Não sei!
Mas se tiver
Devolva-me!
Deixe-me sozinho
Porque assim
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz...
Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor
Meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens
Não sei!
Mas se tiver
Devolva-me!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens
Não sei!
Mas se tiver
Devolva-me!
Devolva-me!
Devolva-me!"
Adriana Calcanhoto
Joana G.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Ser mulher
"Quando uma mulher se sente livre, o mundo escandaliza-se. Talvez porque só conhece prisões."
"As tuas lágrimas e dores nao são em vão. As sementes da alegria, às vezes, nascem com algum tormento."
"Há mais pureza num seio que amamenta o mundo, que num cérebro que o destrói."
"Se amas um homem queres servi-lo. Ele te servirá também se estiver à altura do teu amor."
"O que é belo, é eterno, porque é verdadeiro. Se perceberes isto através de ti, jamais a tua alma murchará e amarás a mulher que és."
"Não te lamentes por ser mulher. O mundo não é de quem o domina, mas de quem o ama."
Dormir acordada
avrp
FERNANDO PESSOA - DOCUMENTOS
sábado, 19 de setembro de 2009
Nem sei ...
Somos capazes de ficar horas infinitas sem mover um unico músculo mas no entanto, é na cabeça que toda a actividadde se realiza. O olhar fixa o ponto e o mundo ...esse passa por nós e até sente medo de nos tocar. Quando decidimos olhar de novo para ele, a sua face já não é a mesma e o que, até então, conhecíamos, agora é apenas o início do que vamos conhecer a seguir.
Nao consigo escrever mais. Até as palavras me faltam, quando não sei o que sinto.
Primeiro Amor
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal só porque acaba. Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.
O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói - porque parece que vai acabar de repente. E o primeiro amor dói sempre demais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte um único bocadinho de nós. Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.
Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.
É como uma criança que põe os dedos dentro de uma tomada eléctrica. É esse o choque, a surpresa «Meu Deus! Como pode ser!» do primeiro amor. Os outros amores poderão ser mais úteis, até mais bonitos, mas são como ligar electrodomésticos à corrente. Este amor mói-nos o juízo como a Moulinex mói café. Aquele amor deixa-nos cozidos por dentro e com suores frios por fora, tal e qual num micro-ondas. Mas o «Zing!» inicial, o tremor perigoso que se nos enfia por baixo das unhas e dá quatro mil voltas ao corpo, naquele micro-segundo de electricidade que nos calhou, só acontece no primeiro amor.
O primeiro beijo é sempre uma confusão. Está tudo a andar à volta e não se consegue parar. A outra pessoa assalta-nos e deixa-nos tontos, isto apesar de ser tão tímida e inepta como nós. E os nomes dos nossos primeiros amores? Os nomes doem. Parecem minúsculos milagres. Cada vez que se pronunciam, rebenta um pequeno terramoto no equador. E as mãos? Quando a mão entra na mão de quem se ama e se sente aquele exagero de volts e de pele, a única resposta sensata é o assassínio, o exílio, o suicídio. Nada fica de fora. O mundo é uma conspiração cinzenta de amores em segunda mão. Nada é puro fora daquelas mãos.
O tesouro está a arder, as pessoas estão a morrer, os olhos cheios de luz estão a cegar, mas o primeiro amor é também, e sem dúvida, o primeiro amor do mundo.
O primeiro amor é aquele que não se limita a esgotar a disposição sentimental para os amores seguintes: quer esgotá-la. Depois dele, ou depois dela, os olhos e os braços e os lábios deixam de ter qualquer utilidade ou interesse. As outras pessoas - por muito bonitas e fascinantes que sejam - metem-nos nojo. Só no primeiro amor.
Não há amor como o primeiro. Mais tarde, quando se deixa de crescer, há o equivalente adulto ao primeiro amor - é o primeiro casamento; mas não é igual. O primeiro amor é uma chapada, um sacudir das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem que nos come as entranhas e não nos explica. Electrifica-nos a capacidade de poder amar. Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor de poder-mos ser amados. Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltamos. Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar por toda a parte.
Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer «Alto-e-pára-o-baile», amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. E todos os amores dão maior prazer que o primeiro. O primeiro amor está para além das categorias normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer. Não tem nada a ver com a vida. Pertence a um mundo que só tem duas cores - o preto-preto feito de todos os tons pretos do planeta e o branco-branco feito de todas as cores do arco-íris, todas a correr umas para as outras.
Podem ficar com a ternura dos 40 e com a loucura dos 30 e com a frescura dos 20 - não outro amor como o doentio, fechado-no-quarto, o amor do armário, com uma nesga de porta que dá para o Paraíso, o amor delirante de ter sempre a boca cheia de coração e não conseguir dizer outra coisa com coisa, nem falar, nem pedir para sair, nem sequer confessar: «Adeus Mariana - desta vez é que me vou mesmo suicidar.» Podem ficar (e que remédio têm) com o savoir-faire e os fait-divers e o «quero com vista pró mar se ainda houver». Não há paz de alma, nem soalheira pachorra de cafunés com champagne, que valha a guerra do primeiro amor, a única em que toda a gente morre e ninguém fica para contar como foi.
Não há regras para gerir o primeiro amor. Se fosse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado, ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: Não pensar, não resistir, não duvidar. Como acontece em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um último capítulo mais feliz ou mais arrumado. Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre da nossa vida - e não há milagres em segunda mão. É tão separado do resto como se fosse uma primeira vida. Depois do primeiro amor, morre-se. Quando se renasce há uma ressaca. É um misto de «Livra! Ainda bem que já acabou!» e de «Mas o que é isto? Para onde é que foi?».
Os outros amores são maiores, são mais verdadeiros, respeitam mais as personalidades, são mais construtivos - são tudo aquilo que se quiser. Mas formam um conjunto entre eles. O segundo e o terceiro e o quarto, por muito diferentes, são mais parecidos. São amores que se conhecem uns aos outros, bebem copos juntos, telefonam-se, combinam ir à Baixa comprar cortinados. O primeiro amor não forma conjunto nenhum. Nem sequer entre os dois amantes - os primeiros, primeiríssimos amantes. Acabam tão separados os dois como o primeiro amor acaba separado dos demais. O amor foi a única coisa que os prendeu e o amor, como toda a gente sabe, não chega para quase nada. É preciso respeito e bláblá, compreensão mútua e muito bláblá, e até uma certa amizade bláblá. Para se fazer uma vida a dois que seja recompensadora e sobretudo bláblá, o amor não chega. Não se vive só dele. Não se come. Não se deixa mobilar. Bláblá e enfim.
Mas é por ser insustentável e irrepetível que o primeiro amor não se esquece. Parece impossível porque foi. Não deu nada do que se quis. Não levou a parte nenhuma. O primeiro amor deveria ser o primeiro e esquecer-se, mas toda a gente sabe, durante o primeiro amor ou depois, que é sempre o último.
Afinal nem é por ser primeiro, nem é por ser amor. A força do primeiro amor vem de queimar - do incêndio incontrolável - todas aquelas ilusões e esperanças, saudades pequenas e sentimentos, que nascem em nós com uma força exagerada e excessiva. Como se queima um campo para crescer plantas nele. Se fôssemos para todos os outros amores com o coração semelhantemente alucinado e confuso, nunca mais seríamos felizes. É essa a tristeza do primeiro amor. Prepara-nos para sermos felizes, limando arestas, queimando energias, esgotando inusitadas pulsões, tornando-nos mais «inteligentes».
É por isso que o primeiro amor fica com a metade mais selvagem e inocente de nós. Seguimos caminho, para outros amores, mais suaves e civilizados, menos exigentes e mais compreensivos. Será por isso que o primeiro amor nunca é o único? Que lindo seria se fosse mesmo. Só para que não houvesse outro.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Fazes-me falta
É realmente absurdo, mas Amo-te milhões de vezes mais, agora que morreste, do que quando podia enrolar os meus braços á volta do teu corpo e sentir o amor que estavas sempre disposta a dar... Só quando te perdi é que tive a noção exacta do papel que desempenhavas no meu filme. Fiz da tua existência, um eufemismo, até que… te desvaneceste.
.
[são coisas a mais para aceitar de uma só vez]
ritzm, à beira da loucura
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
oportunidades...
E o arrependimento ficou...
De todas as oportunidades que houve para um encontro nosso, de todas as oportunidades que podia ouvir o teu riso. A tua doce voz que hoje não consigo escutar, de todas essas oportunidades que não tive de a memorizar. De todas as oportunidades que podia sentir-me realizada ao ver-te sorrir com emoção ou ver as tuas lágrimas secarem pelas minhas palavras de consolo.
Arrependo-me de não ter dedicado mais um pouco do meu tempo, de não te ter olhado nos olhos em troca de cada conversa virtual que tivémos. Arrependo-me de todas as vezes que fui ao bairro e apenas te acenei "Adeus", seriam tantos os abraços que hoje fazem falta. E porquê só hoje é que tenho noção que podia ter feito tudo isso? Que injusto... Ficou tanto por fazer, dizer...tantas promessas por cumprir.
Sinto mais a tua falta do que algum dia pensei vir a sentir. Tantas as vezes que olho para o telemóvel "manda-me mensagem Elsio", pequenas coisas que tinha e hoje sinto tanto a sua falta. Eram pequenos carinhos que me davas, sentia que uma mão se estendia, sabia que podia contar com o teu ombro. Sentia que eras um amigo, pela pouca personalidade que conheci de ti, significavas e vais continuar a significar MUITO para mim.
Gostava de te prometer não escorrerem mais lágrimas por este rosto que anseiam os teus beijinhos, porque sei que gostavas de me ver sempre a sorrir e fazias sempre por isso. Mas no que toca a "arrependimento por não ter feito", no que toca a saudades de algo que nunca mais vou voltar a ter...não me contenho, a dor ainda hoje é muita.
No entanto, se há coisa que me pode fazer sorrir nesta situação é o facto de ter aprendido uma coisa e te posso prometer: tentar não deixar nada por dizer a ninguém, aproveitar todas as oportunidades que houveram para estar com quem gostamos. Nem que seja trocar pequenos momentos, um simples grande abraço, um olhar... Mas sendo assim preferia não aprender, gostaria mesmo ter-te de volta para poder corrigir todos aqueles erros, sendo impossível...até um dia Amigo, monstrinho :')
Para sempre no meu coração Elsio Ramos*
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Deixei de ser aquele que esperava #
Deixei de ser aquele que esperava
Deixei de ser aquele que esperava,
Isto é, deixei de ser quem nunca fui...
Entre onda e onda a onda não se cava,
E tudo, em ser conjunto, dura e flui.
A seta treme, pois que, na ampla aljava,
O presente ao futuro cria e inclui.
Se os mares erguem sua fúria brava
É que a futura paz seu rastro obstrui.
Tudo depende do que não existe.
Por isso meu ser mudo se converte
Na própria semelhança, austero e triste.
Nada me explica. Nada me pertence.
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.
Fernando Pessoa
juanna #
domingo, 13 de setembro de 2009
FERNANDO PESSOA E BETHÂNIA...
Sempre tive uma grande admiração pela voz de Bethânia a declamar Fernando Pessoa.
É profunda... como o é a voz de uma PESSOA que sente...
Este poema é de uma beleza e profundidade que não deixa indiferente quem o lê/ouve.
Sintam-no...
cc
~*~
Fernando Pessoa
Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(...)
~*~
Um excerto de Cartas de Amor... ridículas.
«Cartas a um Amor Futuro...» um projecto de escrita... que, espero, não seja ridículo...
deixa-me descansar em paz
Mas tu fazes-me sentir como se isso não tivesse acontecido
Porque vens ter comigo?
Acho que finalmente sei...
Estás assustada, envergonhada do que sentes
E não podes contar àqueles que amas
Sabes que eles não iriam saber lidar com isso
Sussurrar no ouvido de um homem morto
Não o torna real..
Óptimo...mas eu não quero jogar
Porque estar contigo toca-me mais do que eu consigo dizer
E já que só para ti estou morto
Eu peço-te para te afastares
E deixares-me descansar em paz
Eu sei, eu devia partir
Mas sigo-te como um homem possuído
Existe um traidor debaixo do meu peito
E isso magoa-me mais do que tu possas imaginar
Se o meu coração pudesse bater partiria o meu peito
Mas tu não pareces estar impressionada...
Deixa-me descansar em paz, deixa-me dormir um pouco
Deixa-me levar o meu amor e enterrá-lo
Num buraco com 6 pés de profundidade
Eu posso deitar o meu corpo
Mas não consigo encontrar a minha liberdade
Por isso deixa-me descansar em paz
Pára de visitar o meu túmulo
E deixa-me descansar em paz
James Marsters (as Spike) - Let me rest in peace (Traduzido e adaptado)
[com a letra original na descrição do vídeo]
sábado, 12 de setembro de 2009
MÚSICA IDEAL PARA O PRÓXIMO TRABALHO DOS ''PEREIRAS''
Ao ouvi-la lembrei-me das relíquias sonoras seleccionadas pelos ''Pereiras'', com que nos deliciaram durante a apresentação de trabalhos no ano passado.
Deliciem-se com a letra.
Qual Fernando Pessoa qual quê?! Isto sim, é poesia!
*
CC & Diogo (Filho responsável pela apresentação desta pérola cultural)
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
afinal
Porque, afinal, também tu, no pico do momento, te afastaste, e por ser cega por ti não quis matar a ligação que existia, e que me punha fraca. Porque, afinal, eu acreditei no impossível. Porque, afinal, também tu perdeste essa alma que me fazia sentir completa. Porque, afinal, também tu disseste palavras que eu não queria acreditar que viessem de ti. Porque, afinal, olho para ti e não vejo a pessoa que queria ver.
E, no fim de contas, afinal, também tive de encarar que o que tinha não morreria facilmente, e que a única maneira de ser feliz era virar costas ao que não conseguia evitar sentir. E, no fim de contas, afinal, após tanto tempo a testar o meu esforço, tudo deu resultado.
E, no fim de contas, agora, hoje, foi o teste derradeiro, o último, o único que deu resultados. Não te amo mais a ti, embora ainda ame as memórias que deixaste, aquelas de que fujo todos os dias, aquelas que não me quero lembrar. Agora, sim, veio o alívio, o acalmar das águas. Acho que consegui colocar uma estaca no assunto que tu és.
Afinal...
...foi a primeira vez que estive contigo e que desejei não o estar.
ritzm
terça-feira, 8 de setembro de 2009
12º A, 12º D, 12º E e 12º G
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Necessito...
Pensava que percebias quando disse que chegava, que não aguentava os teus momentos de rebeldia, quando gozavas comigo a força toda, não doía fisicamente, mas psicologicamente meteste-me em coma com meras palavras que da tua boca saíram. Querias ver a minha cara quando aquilo acontecesse, querias gozar comigo por aquilo que iria passar, pois temos pena, porque quem lançou o feitiço foste tu, e quem levou com ele também. Pensaste que uns dias iam curar 3 anos de “diversão” que tiveste às minhas custas? Que seria divertido gozar comigo à força toda? Pois, a menina com quem gozavas, acabou por crescer. Não tolero fraquezas vindas da minha parte, não admito que gozes na minha cara.
Uma piñata nas tuas mãos, seria mais bem tratada que eu. Um simples jogo onde estas vendada, com um bastão na mão para acertares num boneco com doces, que depois de destruído comes os doces. Eu sou um ser humano que nas tuas mãos fui magoada psicologicamente, que depois de partida derramei lágrimas de mágoa. Para mim acabou.
As lágrimas acabam, como os doces acabam, o boneco não volta a ser o mesmo depois de partido.
Com isto pretendo que te lembres… Nunca, mas nunca mais julgues que eu continuo a ser quem era. Cresci, aprendi e sobrevivi. Sinto-me superior, e com isto acabo por dizer.
Eu NÃO sou uma piñata.
domingo, 6 de setembro de 2009
baseado em pureza
nau serena, em mares de compreensão
a flutuar em ondas de felicidade...
toca-me, faz-me sentir a sensação tão forte, eu amo-te assim, eu preciso do teu toque.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
são apenas palavras...
mas não quero ter de evitar as coisas que gosto, apenas porque elas me fazem lembrar de ti.