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Dói, dói tanto que por vezes queria ser uma mera espectadora, ver de longe e nada sentir.
Em tão pouco tempo passaste de desconhecido a namorado
De uma incógnita a um sentimento despertado
Eu pensava que conhecia o sentimento, mas da noite para o dia pude vivê-lo
Com a mesma rapidez com que veio, foi
E foram também as promessas, o para sempre acabou
E todas as manhas
Todos os nascer de sol eu me deparava com a mais dura realidade de que não tinhas ido embora Tão ausente e tão presente
Já não sentia os teus lábios, já não sentia o calor do teu corpo
Iludiste-me com promessas e chegou a desilusão
Agora eu agradeço porque cresci e aprendi
Já não te quero como queria
Já não te vejo como te via
Mas ainda dói, dói a indiferença
Dói o passado que teima em dizer que esta esquecido, mas não
Está apenas perdido, perdido no meu coração
No mesmo que eu tentei transformar em pedra
Livre de sentimentos, para que a mágoa, a dor, e o amor voassem
Desaparecessem tal como desaparecem as palavras que escrevo
Tentei com muita força que desaparecesses
Mas estás tão presente como o sol numa manhã de verão
Mas agora sei que acabou e esta armadura que construí não vai quebrar
Este sentimento não vai ficar
A tua imagem já não vai estar
Vai desaparecer tal como tu desapareceste … daqui .