há bocado lembrei-me de onde estava há um ano atrás. uma coisa é certa: num sítio melhor. hoje estou sentada em frente a um computador, mergulhada em tarefas que não se fazem sozinhas. há um ano, estava contigo, a esta mesma hora. tinhas os braços em volta do meu corpo, empurravas-me delicadamente contra o teu peito. a noite lá em cima era estrelada, e a natureza seguia o seu percurso em nossa volta. alguns amigos conviviam à volta da lanterna, um pouco mais afastados, e os outros dormiam. mas a noite ainda era uma criança. era a nossa noite, ninguém no-la iria tirar, aquele número iria aumentar, muitos mais meses viriam, muitos mais sorrisos, muitos mais beijos, muitas mais noites. o tempo não se nos esgotava. toda a minha vida poderia correr mal, mas nada podia estragar ali, aquele momento, contigo, a vida, contigo.
passado um ano, os meses estancaram, os beijos desapareceram, e as noites passadas contigo são frias. já não sinto o teu abraço, nem nunca mais encostei a cabeça no teu peito. neste dia, estar contigo foi sufocante, porque quis trazer tudo o que não pode voltar. quase sem dar por isso, deixei escapar mais uma lágrima, a que consegui conter ontem. questiono-me se algum dia irás voltar. questiono-me se estarás a pensar no mesmo que eu, se sequer te lembraste de que dia é hoje. será que, se eu bater à porta, ainda estará alguém do outro lado para responder?
quanto mais tento preencher o vazio, maior ele fica. é um ciclo vicioso sem fim. não são os outros que fazem falta, és tu. as tuas palavras, os teus abraços, os teus beijos, as nossas noites.
passado um ano, os meses estancaram, os beijos desapareceram, e as noites passadas contigo são frias. já não sinto o teu abraço, nem nunca mais encostei a cabeça no teu peito. neste dia, estar contigo foi sufocante, porque quis trazer tudo o que não pode voltar. quase sem dar por isso, deixei escapar mais uma lágrima, a que consegui conter ontem. questiono-me se algum dia irás voltar. questiono-me se estarás a pensar no mesmo que eu, se sequer te lembraste de que dia é hoje. será que, se eu bater à porta, ainda estará alguém do outro lado para responder?
quanto mais tento preencher o vazio, maior ele fica. é um ciclo vicioso sem fim. não são os outros que fazem falta, és tu. as tuas palavras, os teus abraços, os teus beijos, as nossas noites.
ritzm