Desafio e mote propostos pela minha amiga Cleo... aqui:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEdivmZO4jxUGu3ZBPcVuQBJKTyWrN5QjvDpdcBYB6LURoxJX2NG0JgNRrBpihJK018wcs3h4QLVTcrX3OxpdkGRMrfsOXnEnTNddOAkzcvpsWBk9OxgbXYRTn23o30fnA78iq2nZRRnck/s400/615_escritor.jpg)
«Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante,
quase nada.
Mas faz-me falta.
Só eu sei a falta que me faz.»
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante,
quase nada.
Mas faz-me falta.
Só eu sei a falta que me faz.»
*
Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
~*~
*
Toda a manhã procurei uma sílaba.
Numa rima inacabada, no teu nome ausente,
Numa maré alta e ousada, numa memória persistente,
Num verso semelhante ao do Poeta,
Onde geme o encanto do seu ‘amor ardente’.
Toda a manhã procurei uma sílaba.
Escondida nos meus olhos, lá fundo…. no lago,
Suave como o primeiro canto de uma ave, saudade minha,
Com odor a ti, tatuagem que nos poros trago,
Subtil, como o voo quente de andorinha.
Faz-me falta, a sílaba perdida,
Procurei-a no espelho,
Numa rima inacabada, no teu nome ausente,
Numa maré alta e ousada, numa memória persistente,
Num verso semelhante ao do Poeta,
Onde geme o encanto do seu ‘amor ardente’.
Toda a manhã procurei uma sílaba.
Escondida nos meus olhos, lá fundo…. no lago,
Suave como o primeiro canto de uma ave, saudade minha,
Com odor a ti, tatuagem que nos poros trago,
Subtil, como o voo quente de andorinha.
Faz-me falta, a sílaba perdida,
Procurei-a no espelho,
No estilhaço da rima outrora cruzada... e nada.
Não a encontrei.
Nem numa vogal esquecida.
Nem numa interjeição mordida, à despedida.
Talvez ta tenha dado no abraço derradeiro,
Talvez a tenha colocado na tua pele, amor meu,
Ainda e sempre o primeiro.
*
CC (hoje... escrito em poucos minutos)
Talvez ta tenha dado no abraço derradeiro,
Talvez a tenha colocado na tua pele, amor meu,
Ainda e sempre o primeiro.
*
CC (hoje... escrito em poucos minutos)