Não me conformo com as injustiças, não me conformo com perguntas sem resposta, não me conformo com facilidades, não me conformo com segundos lugares, não me conformo com o sentido de superioridade de alguns, não me conformo com muita falta de inteligência que por aí anda, não me conformo com muita coisa. Mas, o que ainda me deixa pior, são as despedidas.
Não me conformo com as despedidas. Saber que, a partir de dado ponto, tudo vai acabar, tudo parte para nunca mais regressar, tudo o que hoje existe se vai transformar em memórias que se perdem ao longo do tempo, faz-me subir a tensão.
A ansiedade que se vive até ao derradeiro momento é angustiante, damos por nós, feitos loucos, a agarrarmo-nos a cada pedaço de presente que ainda não é passado, a tentar aproveitar tudo o que ainda está ao nosso alcance, mas que sabemos que nos será tirado, mais cedo ou mais tarde.
Porque, depois do adeus, vem a saudade. E a saudade consome-nos, até à nossa última célula. Todos sabemos que a saudade não mata, mas mói, mói de uma maneira estupidamente absurda. Depois da saudade, vêm as lágrimas, o desespero, a tristeza. Depois deste estágio (que pode durar mesmo muito tempo), vem a conformação, mas uma conformação de muito má vontade, tanto que até temos de nos lembrar a nós próprios, todos os dias, ao acordar, de que já tomámos a decisão de viver conformados, só para o caso de nos esquecermos, e de regressarmos ao tal estágio que já referi. E assim se vai vivendo a vida, dia por dia, a colocar em stand-by as memórias que nos apoquentam, durante o tempo que estamos atarefados, para à noite, na escuridão do medo, voltarmos a ver o filme da nossa vida de novo.
As despedidas são o pior inimigo da nossa saúde. E para essas, não há remédio possível, não existem analgésicos, não existem antibióticos, não existe nada. Temos de aguentar as dores ao natural, sem nos injectarem nenhuma epidural. E isso dói mesmo muito.
em resposta à prof. que, comentários atrás, disse que não gosta de despedidas. give me five, somos duas. principalmente hoje.
/\
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(também preciso de traduzir aquilo que escrevi em cima? LOL.)
Não me conformo com as despedidas. Saber que, a partir de dado ponto, tudo vai acabar, tudo parte para nunca mais regressar, tudo o que hoje existe se vai transformar em memórias que se perdem ao longo do tempo, faz-me subir a tensão.
A ansiedade que se vive até ao derradeiro momento é angustiante, damos por nós, feitos loucos, a agarrarmo-nos a cada pedaço de presente que ainda não é passado, a tentar aproveitar tudo o que ainda está ao nosso alcance, mas que sabemos que nos será tirado, mais cedo ou mais tarde.
Porque, depois do adeus, vem a saudade. E a saudade consome-nos, até à nossa última célula. Todos sabemos que a saudade não mata, mas mói, mói de uma maneira estupidamente absurda. Depois da saudade, vêm as lágrimas, o desespero, a tristeza. Depois deste estágio (que pode durar mesmo muito tempo), vem a conformação, mas uma conformação de muito má vontade, tanto que até temos de nos lembrar a nós próprios, todos os dias, ao acordar, de que já tomámos a decisão de viver conformados, só para o caso de nos esquecermos, e de regressarmos ao tal estágio que já referi. E assim se vai vivendo a vida, dia por dia, a colocar em stand-by as memórias que nos apoquentam, durante o tempo que estamos atarefados, para à noite, na escuridão do medo, voltarmos a ver o filme da nossa vida de novo.
As despedidas são o pior inimigo da nossa saúde. E para essas, não há remédio possível, não existem analgésicos, não existem antibióticos, não existe nada. Temos de aguentar as dores ao natural, sem nos injectarem nenhuma epidural. E isso dói mesmo muito.
em resposta à prof. que, comentários atrás, disse que não gosta de despedidas. give me five, somos duas. principalmente hoje.
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(também preciso de traduzir aquilo que escrevi em cima? LOL.)
ritzm