Porque me levas as esperanças?
Roubas-mas como se fossem tuas,
Não me deixas qualquer tipo de lembranças!
Escolhes a mais violenta onda
P’ra me levar o que no coração me falta
Afogas tudo o que nele tenho,
Lavas-me a minha alma…
Desapareces no meio do nevoeiro
Olho então, para o horizonte.
Desesperadamente, os meus sentimentos vejo,
Flutuar lá ao longe
Penso que nunca os terei de volta
Afinal, foste tu que mos tiraste
Penso neles a toda a hora,
Aqueles cujo do coração me roubaste
Sentada na areia fina
Penso em toda a minha vida
Faço-te perguntas sem resposta
Ou daquelas que encontrarei um dia
Encontro semelhanças entre tu e eu
Tens uma vida de loucura,
Daquilo que precisas para viver
Andas sempre tu à procura
Essa procura é incessante
Quando olho assim para ti.
Vejo os olhos de quem amo
De por quem um amor assim nunca senti!
Vejo-nos aos dois
No reflexo da tua água
Aquela nossa cumplicidade
Que voa nas garras de uma águia
Nada em nós era fingido
O nosso amor era realçado
Aquele que, reflectido em ti, vejo unido
Aquele amor que por nada será quebrado…
Só queria poder dizer
Que o teu sentimento eu chamo,
Explicar-te o que por ti sinto
Dizer ao mundo o quanto te amo!
(Escrito há 3 anos atrás, numa noite em que as lágrimas eram as únicas que partilhavam comigo aquele espaço, e assistiam àquele meu sofrimento)
*No entanto, hoje já não choro assim e as lágrimas são substituídas por um novo sorriso e o que ocupava o coração, ocupa agora um canto do meu “álbum de recordações”
Guid@