sábado, 30 de janeiro de 2010

UMA MENSAGEM

Nada do que ter a vida ameaçada para se dar mais valor a ela.
Pessoas que têm tudo para se ser feliz na vida, e que por “coisinhas” minúsculas dizem: não tenho sorte nenhuma; porquê a mim?; a vida corre-me tão mal; blá blá blá...
Outras, nem tão pouco têm e consomem-se em imensos problemas GRAVES, e raro se lamentam. Quando me refiro a graves em letras maiúsculas, é porque são mesmo graves, a doença (seja qual for), a fome, a pobreza, a solidão, enfim, pessoas completamente sozinhas no mundo.
Desfrutem mais a vida, das pequenas coisas que ela nos pode oferecer e, nós agarramo-las com e, deixem para trás os minúsculos problemas se têm tudo ou quase tudo para se ser feliz. As zangas com o namorado; a gordura amais no corpo; o telemóvel que se estragou ou as mensagens que se acabaram; a peça de roupa que queriam tanto e não havia o tamanho; a perda do autocarro; etc. Estes pequeníssimos problemas (que não os considero como tais) ficarão para trás das costas ou então, encaramo-los com a maior descontracção e não a lamentar!
Aproveitar o Dia, isto é, o (nosso) Carpe Diem.

vanessa m.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

o menino que consertou o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para as suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar.

Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse distrair-lhe a atenção. Até que se deparou com o mapa do mundo. Com o auxílio de uma tesoura, recortou-o em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho:

Vou-lhe dar o mundo para consertar. Veja se consegue. Faça tudo sozinho.

Pensou que, assim, estava se livrando do garoto, pois ele não conhecia a geografia do planeta e certamente levaria dias para montar o quebra-cabeças. Uma hora depois, porém, ouviu a voz do filho:

Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!

Para surpresa do pai, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?

Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?

O menino respondeu:

Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e descobri que havia consertado o mundo.



autor desconhecido


r.m.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Shakespeare



Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri. É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas agigantam-se e encolhem-se aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho.


William Shakespeare

avrp

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mulher despida


"Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher despir-se de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar as suas fantasias, as suas dores, a sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder os seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos orgulharmo-nos das nossas falhas, pois são elas que nos tornam humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornais mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr os nossos segredos e insanidades, revelar o nosso interior. Mas é o que devemos continuar a fazer. Despir a nossa alma e mostrar quem realmente somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço streep-tease mais sedutor."


Indira

domingo, 24 de janeiro de 2010

METADE



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja para sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também
.

CC

sábado, 23 de janeiro de 2010

saudades

As saudades são facas afiadas que nos atravessam o corpo em momentos nostálgicos. E, o mais engraçado, é que sentimos saudades, por vezes, das coisas mais tolas que possam existir, ou até mesmo de coisas que nos fizeram sofrer. Quando aparecem coisas mais concretas na nossa vida, coisas que nos conseguem baralhar completamente os sentimentos, o medo com a esperança, a impotência com a vontade, sentimos saudades das dorzinhas medíocres das paixonetas falhadas (e não passamos a usar diminutivos nas palavras que se referem ao passado por este não ter doído, mas sim por ser de minúscula importância comparado com o que lidamos). Quando passamos a ter um horário completamente ocupado, ao princípio parece bom termos a mente ocupada, parece-nos bem distraí-la o mais possível, mas a dada altura desejamos riscar a agenda e deixar grandes espaços em branco para nos dedicarmos à arte de nada fazer (e, se alguém nos liga a marcar sessão, respondermos com a amável frase "Está tudo preenchido"). Quando estamos na sala ao lado das pessoas de quem mais gostamos, sentimos saudades de quando estavamos sempre com elas e já não nos podiamos ver à frente. Quando não temos trabalhos de grupo para fazer, a princípio, parece-nos bem, não nos temos de preocupar em buscar horas compatíveis, a discutir ideias, a aceitar as ideias dos outros de que não gostamos assim tanto. A longo prazo, desejamos que alguém nos dê um tema e nos largue o trabalho nas mãos porque, todos sabemos, 90% do trabalho de grupo é paródia, e sobram apenas 10% para o trabalho, embora só nos apercebamos destas percentagens quando não nos temos de preocupar com elas. Quando decidimos sermos os nossos próprios confidentes, às vezes temos saudades daquela capacidade que tínhamos de desabafar com as pessoas.
Tenho saudades do mar de coisas, de oportunidades, de rotinas que, até há bem poucos meses, eu tomava como certas.

rm

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Contraste



Eu estava fixada nessa árvore sem saber o porquê, e tu reclamavas, reclamavas por eu estar sempre a olhar para ela.
Porquê? Nem eu sei...
Tinha o meu pensamento parado, as ideias não me surgiam, as palavras não queriam falar.
Parecia já nem conhecer o sitio, parecia que não era eu, que não eras tu, que não éramos nós...

E eu olhava, fascinada, continuava a olhar para essa árvore que me acalmava sem motivo algum.
Então percebi!
O meu inconsciente tornou se consciente, lembrei-me do que eu já tinha esquecido, não era a primeira vez que eu para ela olhava, não era a primeira vez que eu ali estava.
Ao fim de algum tempo, ali estávamos nós, no nosso jardim... o que existia ainda existe, até a árvore...
A nossa história não acaba...
Saudades de estar ali, tinha de lhe tirar uma fotografia.

gi~

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ASSIM SÃO AS AMIZADES ESPECIAIS

Algo sempre marcou a nossa vida, pois na nossa caminhada cruzamos-nos sempre com algumas pessoas que deixaram alguma marca especial. São aquelas amizades que de uma maneira ou de outra, deixaram marcas indeléveis da sua passagem. Seja porque nos despertaram um sentido de carinho mais especial, seja porque nos fizeram algum ou alguns grandes favores. Em suma, as razões são várias, mas acredito que todos nós sempre tivemos esse alguém muito especial na nossa vida. Seja de hoje, de ontem, ou do século passado, as marcas ficaram. E porque não dizer, relacionamentos vindos de outras vidas. Quem é especial...fica! Dizem que se leva um minuto na vida para reparar numa pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas é necessário uma vida inteira para esquecê-la...E por vezes nunca conseguimos esquecê-la, pois ela é uma dessas pessoas especiais que sabe-se lá por quais razões, despertaram um sentimento especial, algo como uma afinidade maior. Alguma coisa bateu lá dentro e pronto, simpatizamos por demais com um certo alguém. Bateu aquela coisa diferente na nossa alma, houve um entendimento, aparentemente inexplicável. Aquele não sei o que e nem bem porquê, mas que é o que chegou, entrou e marcou em definitivo. Muitas vezes somos tratados de uma mesma maneira por pessoas diferentes, mas o que "cai bem" se dito por uma, pode nos parecer antipático se dito por outra. Porquê isso? Uma das explicações que já ouvi, e da qual partilho, faz alusão a resgates de vidas anteriores. Mas tal lógica pode parecer ilógica para quem não aceita a teoria da reencarnação. E não se pode jamais discutir o mérito da questão. Cada qual tem os seus pontos de vista, que sempre devem ser respeitados, salvo se desejar se aprofundar no assunto. Existem diversas explicações, mas o certo é que isso realmente ocorre. Esse fenómeno que determina a nossa simpatia por alguém e a nossa antipatia por outro alguém é um facto indiscutível. Explicações? São por demais subjectivas, e passíveis de polémica. Em nome da amizade, para que criá-las? É importante saber aceitar o facto em si, sem tentar saber o porquê do que desperta tais sentimentos. O interessante é que muitas vezes pensamos desfrutar de uma amizade muito especial, mas por motivos alheios à nossa vontade, essa amizade se desmancha, e prontamente nos esquecemos dela. E de outras fica mais difícil, e sempre tentamos uma reaproximação. Por que rapidamente assimilamos uma ausência e outras não?Por que existem pessoas que desejamos que fiquem horas a nosso lado a conversar, e outras que à sua simples presença, já esperamos que logo nos favoreça com a ausência? Fala-se que todos nós temos uma aura à nossa volta. Alguns têm-na positiva, e atraem amizades. Outros têm-na negativa, e repelem amizades. É uma explicação bem simplista e com muita lógica. Por que então, uma mesma pessoa tem amigos e inimigos? Por que A atraiu a amizade de B, e a inimizade de C? Realmente é curioso isso. Não existe pessoa que não tenha sequer um amigo. Então a aura, por mais negativa que seja, atraiu a positividade de alguém, ou será uma outra aura igualmente negativa? São os opostos ou os semelhantes que se atraem? Por que uma pessoa é simpática para muitos, e antipática para outros? Convenhamos que a primeira teoria tem um pouco mais de lógica. Temos que convir que é muito difícil esquecer uma velha e boa amizade, lá isso é.
Tenho diversos e bons amigos perdidos nas brumas do passado, mas que sempre estão nas lembranças, e de vez em quando bate uma saudade. E se ocorre algum reencontro, é uma festa digna de nota.
(Marcial Salaverry)


vanessa m.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sem dúvida, dois livros de leitura obrigatória

No dia 11 de Novembro, Verónica decidiu que havia - afinal! chegado o momento de se matar...
e não se estava a matar porque era uma mulher triste, amarga, vivendo em constante depressão... Haviam duas razões:

A primeira é que tudo na sua vida era igual, e - uma vez passada a juventude - seria a decadência...

A segunda, Tudo o que se estava a passar no mundo estava errado e ela não tinha como reparar isso...

Quanto tempo me resta?- Repetiu Verónica, enquanto a enfermeira dava a injecção.

- Vinte e quatro horas. Talvez menos.

"Ela baixou os olhos, e mordeu os lábios. Mas manteve o controlo.

- Quero pedir dois favores.

O primeiro, que me dê um remédio... de modo que eu possa ficar acordada, e aproveitar cada minuto que restar da minha vida. Eu estou com muito sono, mas não quero mais dormir, tenho muito que fazer - coisas que sempre deixei para o futuro, quando pensava que a vida era eterna. Coisas pelas quais perdi o interesse, quando passei a acreditar que a vida não valia a pena.

- Qual o seu segundo pedido?

- Sair daqui, e morrer lá fora. Preciso de subir ao castelo de Lubljana, que sempre esteve ali, e nunca tive a curiosidade de vê-lo de perto... quero andar na neve sem casaco, sentindo o frio externo - eu, que sempre estive bem agasalhada, com medo de apanhar uma constipação.

Enfim, Dr. Igor, eu preciso de apanhar chuva no rosto, sorrir para os homens que me interessam, aceitar todos os cafés para os quais me convidem.

Tenho que beijar a minha mãe, dizer que a amo, chorar no seu colo - sem vergonha de mostrar os meus sentimentos, porque eles sempre existiram, e eu escondi-os...

Quero entregar-me a um homem, à cidade, à vida e, finalmente, à morte."


“Fechou os olhos, sentiu que ele também fazia o mesmo. E o sono veio, profundo, sem sonhos. A morte era doce, cheirava a vinho, e acariciava os seus cabelos.”


Paulo Coelho "Verónica decide morrer"




"No fim, tu morres. No fim do livro, tu morres. Assim mesmo, como se morre nos romances: sem aviso, sem razão(...)"

«Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»

«Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.»

«Parecia-me que já tínhamos vivido um bocado de vida imenso e tão forte que era só nosso e nós mesmos não falávamos disso, mas sentíamo-lo em silêncio: era como se o segredo que guardávamos fosse a própria partilha dessa sensação. E que qualquer frase, qualquer palavra, se arriscaria a quebrar esse sortilégio.»

«Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto.»

"(...) e as fotografias continuaram sempre dentro desse envelope, na gaveta, no mesmo armário. Vinte anos. Só ontem é que voltei a vê-las. Só ontem é que percebi que tinhas morrido."

"Escrever é usar as palavras que se guardaram: se falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer."

"Às vezes, lá onde moro, fico à noite a olhar as estrela como as do deserto e oiço o tempo a passar, mas não me angustia mais: eu sei que é justo e que tudo o resto é falso."

Miguel Sousa Tavares "No teu deserto"


























Indira

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desprezo...

(Adicionei a imagem. Espero que não te importes, Indira. Considero-a simples, mas bem adequada ao post, uma vez que possui várias interpretações.
CC)

"Já notei que a maior parte dos homens se sente açulada e indignada quando, em pleno combate moral, recorremos à ternura e ao afecto. É vê-los feras amansadas e apanhadas de surpresa assim que recorremos à violência ou à dureza. Raça detestável! Tal preceito mantém-se praticamente inalterável no que respeita ao amor.
Realidade estranha e deplorável, pois, em muitos casos, é igualmente aplicável à amizade; realidade pavorosa, desesperante, mas inevitável, necessária à subsistência das nossas sociedades, dos governos mais democráticos aos mais despóticos. Quando não é refreado nem reprimido, o homem aproveita imediatamente para cometer abusos. Despreza quem o receia e maltrata quem o ama; receia quem o despreza e ama quem o maltrata."

George Sand, in 'Diário Íntimo'

Indira

PS - Pinto, fico à espera do teu comentário =)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

«A LISTA», em especial para a Indira...

Partilho aqui um dos meus autores/cantores preferidos.

Ouçam e sintam a letra...
(Para TODOS, mas em particular para a INDIRA, uma pessoa muito bonita que tive o prazer de conhecer este ano e que partilhou o post em baixo...)

Carinho meu...

(Gosto mesmo de vocês!!!)

CC
*

A lista...

"Alfredo, com o rosto abatido de tristeza, encontra-se com a sua amiga Marisa para tomar um café.
Deprimido, descarregou sobre ela as suas angústias, problemas com o trabalho, problemas financeiros, problemas no casamento, problemas vocacionais... Parece que tudo estava mal na sua vida.
Marisa abriu a sua bolsa, tirou uma nota de 100 reais e disse-lhe:
- Alfredo, aceitas este dinheiro?
Alfredo, um pouco confuso a princípio, imediatamente responde:
- Claro, Marisa... são 100 reais, quem não aceitaria?
Então Marisa pegou na nota de 100 reais que já estava nas mãos de Alfredo e amassou-a toda, fazendo com ela um montinho de papel. Mostrando-lhe o bolinho de papel amassado, Marisa perguntou-lhe novamente:
- E agora, ainda aceitas esta nota?
- Marisa, não sei o que pretendes com isto, mas continua a ser uma nota de 100 reais. É claro que a aceito...
Então Marisa desenrolou a nota toda amassada, jogou-a no chão, pisou-a, esfregou-a com os pés e pegou-a toda suja e riscada:
- Ainda aceitas esta nota?
- Marisa, continuo sem entender o que tu queres... Mesmo suja esta nota continua valendo 100 reais...
- Vê, Alfredo, tu deves saber que mesmo quando as coisas não saem como tu desejas, mesmo que a vida te amasse e te pisote, tu CONTINUAS a ser tão valioso como sempre o foi... O que tu deves perguntar-te é QUANTO vales de fato, em qualquer circunstância.
Alfredo ficou a olhar para a Marisa sem nada responder, enquanto o impacto da mensagem penetrava profundamente no seu coração. Marisa pôs o bilhete amassado no canto da mesa e com um sorriso cúmplice acrescentou:
- Toma, guarda contigo para recordares isto quando te sentires mal...
Mas deves-me uma nota NOVA de 100 reais para poder usar com o próximo amigo que estiver necessitando.

Marisa beijou o rosto de Alfredo que ainda não havia pronunciado nenhuma palavra. Levantou-se e dirigiu-se em direção à porta.

Alfredo voltou a olhar para a nota de 100 reais amassada, sorriu, guardou-a na carteira e com renovada energia chamou o garçom para pedir a conta...


Quantas vezes duvidamos de nosso próprio valor, de que realmente MERECEMOS MAIS e que PODEMOS CONSEGUI-LO se no-lo propusermos!
É claro que não basta um simples propósito... Precisamos AGIR para alcançar o que queremos. Eu sei que posso conseguir e que existem muitos caminhos para alcançá-lo.

Exemplo rápido:
1. Cite as cinco pessoas mais ricas do mundo.
2. Cite os cinco últimos ganhadores do prêmio Martín Fierro de Ouro.
3. Cite as cinco últimas ganhadoras do concurso Miss Universo.
4. Cite dez ganhadores do prêmio Nobel.
5. Cite os cinco últimos ganhadores do Oscar por melhor atriz ou ator.
6. Cite os últimos dez ganhadores dos campeonatos Mundiais de Tênis.
Como se saiu? Mal? Não se preocupe.

O importante é saber que:
Nenhum de nós se lembra dos vitoriosos de ontem. Não
há segundos lugares, eles são os melhores em sua especialidade, mas os aplausos passam! Os troféus ficam empoeirados! Os ganhadores são esquecidos!

Agora tente responder estas outras perguntas e veja como você vai se sair:
1. Cite três professores que lhe ajudaram na formação escolar.
2. Cite três amigos que lhe ajudaram em momentos difíceis.
3. Cite cinco pessoas que lhe disseram alguma coisa importante.
4. Pense em algumas pessoas que lhe ajudaram a sentir que você era uma pessoa especial.
5. Cite cinco pessoas com quem você gosta de se encontrar frequentemente.
6. Cite três heróis cujas histórias lhe inspiraram em alguma coisa.
Que tal? Foi melhor agora? Aprendeu a lição?
As pessoas que fazem você se sentir diferente nem sempre são as que têm as melhores credenciais, as que têm mais dinheiro ou os maiores prêmios...
São significativas aquelas pessoas que se preocupam com você, que cuidam de você, as que de muitas maneiras estão ao seu lado.
Pare um pouco para pensar...

A vida é muito curta!

VOCÊ, em que lista está?"


P.S. - Dsc por estar em brasileiro

Indira

Porque a escola faz parte do nosso percurso!

«Para mim, é a escola que educa os jovens para extraírem força da fragilidade, segurança da terra do medo, esperança da desolação, sorriso das lágrimas e sabedoria dos fracassos. A escola dos meus sonhos une a seriedade de um executivo à alegria de um palhaço, a força da lógica à singeleza do amor. Na escola dos meus sonhos, cada criança é uma jóia única no teatro da existência, mais importante que todo o dinheiro do mundo. Nela, os professores e os alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de sonhos. »

Augusto Cury, "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes"
avrp

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Solidão

"Muita gente define a solidão como uma pequena casinha no alto de uma montanha, um barquinho no meio do mar, um viajante no meio do deserto. Pura ilusão. Muitos estão sozinhos no meio da multidão das grandes metrópoles..."

Indira

Turbilhão de ideias confusas, dispersas

Não há amizades como dantes: sinceras, grandiosas, enriquecedoras, seguras, confiantes. Não pode haver. Hã? Porquê? Ah, porque o "manual da amizade contemporânea" da rebanho editora diz (ou será que quase que manda?) que hoje as amizades têm de ter os seguintes requisitos:

1. Comunicação essencialmente feita através de contacto telefónico (SMS) e virtual (messenger e redes sociais e os seus mesquinhos e falsos comentários, dos quais algumas pessoas afirmam a sua existência, mas como devem precisar muito daquilo, continuam na mesma)
2. Falar directamente com a pessoa olhando.... (imaginem só) para o ECRÃ DO TELEMÓVEL. (incrível, nunca vi isto em lado nenhum)
3.Não há reciprocidade, ou seja, tira-se à sorte quem vai ser amigo de quem. Se A dá a B, B não dá a A. Se B dá a A, A não dá a B.
4. Não há espontaneidade. (Ah...calma...senta...isso...muito bem. Não ajudes o outro se ele não te bater à porta ou te mandar um SMS)
5.Quanto mais vazia a amizade for, melhor. Conversem sobre as originais e sempre fascinantes cores dos vossos tachos ou talheres. Falem sobre a forma do vosso tecto. Dos dedos das mãos. Vá, qualquer coisa menos os assuntos proibidos: tudo o que envolva conhecimentos ACIMA daqueles que um míudo de 12 anos tem.


Parabéns! Uma vez cumpridos estes requisitos, estão prontos para se tornarem...UMA OVELHA! IGUAL A TANTAS OUTRAS! NÃO É FASCINANTE?



Em crianças, sonhamos. Em crianças, queremos ser tudo.

Em adolescentes, passamos mais tempo a emitir as nossas opiniões sobre os outros (sinal tão claro de pobreza de espírito e de desgosto em si próprio) do que com algo de grandioso. Em adolescentes, queremos muito menos do que em crianças.



Ok, tornamo-nos conscientes de muitas coisas que podem travar os nossos sonhos. Mas raramente aprendemos como "andar" no seu mundo.




Tornam-se (os adolescentes) ovelhas num rebanho enorme, e como tal, têm medo se perder (como não há identidade própria, têm de a arranjar através de uma identidade grupal. Os grupos são mesmo muito bons, quando permitem alguma diferenciação).

De vez em quando, entra em cena o cão, com os seus latidos fortes, a alertar para a necessidade de ordem, de o rebanho estar unido. A impedir qualquer tentativa de desvio à normalidade.

Sou o mais sincero possível quando considero muitas pessoas que conheço autênticas "ovelhas". Pessoas desinteressantes, iguais, qual artigo produzido em série com o passar dos anos.

Sim, vocês ovelhas sentem-se seguras. Claro.... e que tal sentirem-se.... estúpidas? Porque não?
Se pensarem bem (coisa que aliás devem fazer de acordo com regras que limitam muito este acto) vocês agem todas de modo idêntico ou para lá caminham. É na adolescência que se forma a (quase totalidade) nossa personalidade, não se esqueçam.
Não se desinteressem por vocês mesmas. Não se tornem desinteressantes. Não se esqueçam que, apesar de ser importante sermos todos aceites, isso não implica sermos IGUAIS.

É por isto que critico duramente (e não tenho qualquer peso de consciência em fazê-lo) as ovelhas-humanas: pessoas que, por motivos vários (por exemplo, falta de ou fraca personalidade, fuga de algo inevitável,...) acabam por se perder...de si mesmas...do seu mundo....e entram num mundo fantástico onde todos são....IGUAIS! BRAVO! BRAVO! BRAVO! FANTÁSTICO! YUPI!

Tenham coragem de assumir a vossa identidade... se não a perderam já. Mas nunca é tarde.
Afirmem-se plenamente! Não sejam fracos! Não sejam iguais a X ou Y! Tenham referências, sim, mas não sejam uma cópia!

Um apelo da autoridade das minorias. Não tem como objectivo ferir susceptibilidades (mesmo com o seu quê de ironia e agressividade) mas sim ACORDAR as pessoas.

A.P.

P.S.: não dirijo este post a todas as pessoas que conheço nem a todas as pessoas que participam neste blogue (felizmente, muitas delas estão fora do rebanho - sim, não uso aspas- e isso deixa-me orgulhoso e feliz), mas já sabem: se acharem que vos serve, enfiem a carapuça . E tirem o melhor proveito dela.


Quantas vezes na nossa vida deixamos de dizer:

eu amo-te...;

tu fazes-me falta...;

fica mais um pouco...;

Quantas oportunidades perdidas..., por timidez ou orgulho em excesso.

Dizia Chaplin: a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, canta, ri, chora e vive intensamente cada momento da tua vida antes que as cortinas se fechem e a peça termine

sem aplausos...





Gostei e quiz partilhar XD

saleicha*

Como a erva do campo assim são os dias dos seres humanos; como a flor do campo assim são; mal o vento sopra, logo deixam de existir, e o seu lugar se esvai.

Bíblia, Salmos 103

Eunice Gomes , 12ºG

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

a magia que se perde na adolescência

- O meu pai...
- O teu pai ainda é vivo?!?
- Porque é que não devia ser?!?
- Oh...com filhas tão grandes pensei que ele já não era vivo!

---X---

- Tu hoje estás maluco, miúdo?
- Eu não! Maluca está a minha mãe! Hoje deve ter tomado o comprimido errado, não está lá a bater muito bem da bola!

---X---

- Tive Satisfaz Pouco numa cópia...
- Só?!?
- É que, sabes...estava muito frio...e a minha mão não parava de tremer! Por isso a letra ficou toda torta...
- Bela desculpa! E tu, quanto tiveste?
- Eu? Eu tive um ponto de interrogação! Tinha a caneta partida!




[ e quem é que consegue resistir às patetices que eles dizem? ]

rm

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UM PRÉMIO - UM LIVRO («QUANTAS ESTRELAS TEM O CÉU?»)

É um livro que dá prazer manusear.
*
Talvez porque não é grande nem pequeno. Talvez pelo papel macio, de cores fortes e opostas nas 'duas' capas, uma vez que se lê a versão dela ou a versão dele... basta virar o livro ao contrário. (Será que eles e elas são assim tão diferentes? Masculino e Feminino divergem no modo como encaram as situações... sejam elas desafios, vitórias, afectos ou desafectos ?).
*
Comprei este livro para vocês... que participam neste blogue. (Porque gostei dele e porque gosto de vocês. Simples!)
Quem o vai segurar nas mãos (ficar com ele) ainda não sei... nem que tipo de desafio lançar para encontrar o/a vencedor/a. 1000º Post? O melhor texto, escolhido através da votação de todos, que responda ao título do livro?
Hipóteses...
Para já solicito sugestões para atribuição deste prémio... e leiam a apresentação do livro, numa das imagens. (Para aumentá-la, e ler melhor o conteúdo, basta fazer um clic sobre a imagem).
*
QUANTAS ESTRELAS TEM O CÉU?
Não sei. Mas sei que vocês são parte delas...
*
CC



domingo, 3 de janeiro de 2010

ONDE COLOCAS O SAL?



Para reflectir...


O velho Mestre pediu a um jovem, mergulhado em profunda tristeza, que colocasse uma mão cheia de sal num copo de água e a bebesse.

- 'Qual é o sabor?' - perguntou o Mestre.

- 'Péssimo!' - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse noutra mão cheia de sal e a levasse até a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem colocou o sal no lago.

Então o Mestre disse-lhe: - 'Bebe um pouco dessa água!'.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- 'Qual é o gosto?'

- 'Bom!' - disse o rapaz.

- 'Sentes o gosto do sal?' - perguntou o Mestre.

- 'Não!' - disse o jovem.

O Mestre, então, sentou-se ao lado do jovem, pegou nas suas mãos e disse-lhe:

- 'A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando sentires dor, a única coisa que deves fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à tua volta.
É dar mais valor ao que tens, do que ao que perdeste.
Por outras palavras: é deixares de ser copo para te tornares num lago!'

Às vezes, quando tudo parece correr mal na nossa vida... acontecem coisas maravilhosas que nunca teriam acontecido se tudo tivesse corrido bem!'

Para pensar... neste início de ciclo... no ano novo que começa.

CC

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

MUITA LUZ, SAÚDE, PAZ E AMOR...

Com o meu carinho para todos...

CC