terça-feira, 13 de julho de 2010

chega

chega de folhear as páginas escritas no passado. chega de interpretar todos os erros cometidos e de achar uma forma de os compensar no presente. chega. porque hoje quero rasgar furiosamente essas páginas, quero viver como se elas nunca tivessem existido. quero escrever novos livros. romances. dramas. tragédias. comédias. sátiras. quero cometer erros despreocupadamente. talvez repetir os erros do passado. quero saltar, quebrar as regras, quero andar por aí e não ter medo do que pode vir. quero acabar com a angústia, com o medo, com a indecisão. quero fechar os olhos e arriscar. e desta vez não vou esperar.


**rm

terça-feira, 29 de junho de 2010

Perca pragmática

Em relação a qualquer coisa nunca digas: "Perdi-a"; diz, ao contrário: "Devolvi-a". Morreu-te o filho? Devolveste-o. Morreu-te a mulher? Devolveste-a. O teu campo foi roubado? Foi também devolvido. Mas quem o roubou é um miserável? Que te importa por quem o retirou aquele que t0 dera? Enquanto te deixam tais bens, toma conta deles como de um bem que pertence a outrém como fazem os viajantes numa hospedaria.

Epitecto, in "Manual"

Ana

Coragem aparente

Os soldado está convencido de que tem diante de si um espaço de tempo infinitamente adiável antes que o matem; o ladrão antes que o prendam; o homem, em geral, antes que o arrebate a morte. Esse é o amuleto que preserva os indivíduos-e às vezes os povos-não do perigo, mas do medo ao perigo; na verdade, da crença no perigo, motivo pelo qual o desafiam em certos casos, sem que sejam necessariamente bravos.

Marcel Proust, in "À Sombra das Raparigas em Flor".

Ana

terça-feira, 22 de junho de 2010

O desejo de discutir

Se as discussões políticas se tornam facilmente inúteis, é porque quando se fala de um país se pensa tanto no seu governo como na sua população, tanto no Estado como na noção de Estado enquanto tal. Pois o Estado como noção é uma coisa diferente da população que o compõe, igualmente diferente do governo que o dirige. É qualquer coisa a meio caminho entre o físico e o metafísico, entre a realidade e a ideia.
É a esse género de estirilidade que estão geralmente condenadas, tal como acontece com as discussões políticas, as que incidem sobre a religião, pois a religião pode ser sinónima de dogmas, ou de ritual, ou referir-se a posições pessoais do indivíduo sobre questões ditas eternas, o infinito e a eternidade, problemas do livre-arbítrio e da responsabilidade ou, como se diz também: Deus.

E o mesmo acontece com as discussões que têm a ver com a maior parte dos assuntos abstractos, sobretudo a ética e os temas filosóficos, mas também com campos de análise mais restritos, incidindo sobre os problemas mais imediatos, como por exemplo o socialismo, o capitalismo, a aristocracia, a democracia, etc..., em que as noções são tomadas tanto no sentido amplo como no restrito, umas vezes de modo concreto, outras de modo abstracto, umas vezes sob uma perspectiva física, outras sob perspectiva metafísica;-a maior parte das conversas sobre todos esses assuntos só parecem de resto possíveis porque nenhuma noção é apreendida com completa nitidez, e dificilmente pode sê-lo, ou se evita mesmo completamente traçar limites precisos, sendo essa a última coisa que se pensaria fazer.
Porque aquilo que prevalece neste género de discussão, mais frequentemente do que se pensa, não é a necessidade da verdade mas o desejo de discutir.

Arthur Schnitzler, in "Relações e Solidão"

Felicidade eterna

Antigamente, todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, e foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos. Na vida, é claro, nenhum enredo remata assim. As Princesas casam com os guardas-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até que se separam. Anos mais tarde, como todos nós, morrem. Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre, mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre.

José Eduardo Agualusa, in o "Vendedor de Passados"

Gerir o êxito

Deixa triunfar à vontade aqueles que praticaram verdadeiras proezas e merecem uma glória autêntica, sem reivindicares uma parte dos louvores: essa glória resplandecerá tanto melhor sobre ti se a ela se juntar a de te teres mostrado acima da inveja.
Atribui a outrém os teus êxitos. Por exemplo, a uma pessoa experiente que te tenha ajudado com a sua previdência e as suas opiniões prudentes.
Disfarça o orgulho pelos teus êxitos, não modifiques a maneira como falas ou como te vestes, nem os teus hábitos à mesa. Ou pelo menos, se alguma coisa tiveres de modificar nestes domínios, que seja por uma boa razão que todos compreendam.
Se triunfares sobre um adversário, não cedas à tentação de o insultar excessivamente.
Não troces dos teus rivais, evita provocá-los e, sempre que saíres vencedor, contenta-te com o prazer da vítória sem te glorificares em palavras ou acções.


Jules Mazarin, in "Breviário dos Políticos"

domingo, 20 de junho de 2010

Adeus ao Nobel da Literatura


"Saramago levou a Língua Portuguesa demasiado longe."
"Já não há palavras. Saramago levou-as todas."


Sem dúvida uma grande perda literária e cultural...
Indira

sábado, 5 de junho de 2010

"Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei", de Paulo Coelho





"Conta a lenda que tudo o que cai nas águas deste rio... se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei. O frio do Inverno fez com que eu sentisse as lágrimas na face, e elas misturaram-se com as águas geladas que corriam diante de mim... todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe..., e então eu esquecerei o Rio Piedra, o mosteiro... os caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas e os campos dos meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.
Eu lembro-me do meu instante mágico, daquele momento em que um "sim" e um "não" podem mudar toda a nossa existência. Parece ter acontecido há tanto tempo e, no entanto, faz apenas uma semana que reencontrei o meu amado e o perdi.
Nas margens do Rio Piedra escrevi esta história. As mãos ficavam geladas, as pernas entorpecidas pela posição e eu precisava parar a todo o instante.
- Procure viver. Lembrar é para os mais velhos - dizia ele.
Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora e nos torne jovens quando a juventude já passou.
Mas como não recordar aqueles momentos? Por isso escrevia, para transformar a tristeza em saudade, a solidão em lembranças. Para que, quando acabasse de contar a mim mesma esta história, a pudesse lançar no Piedra - assim me tinha dito a mulher que me acolheu. Para que então - as águas pudessem apagar o que o fogo escreveu.
Todas as histórias de amor são iguais
."






>>> Sem dúvida, um dos melhores livros que já li...




Indira










domingo, 16 de maio de 2010

Corações calejados

"Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados. Portanto.. quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas. As pessoas mais duronas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir. Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína. Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão nosso caminho. Você já experimentou andar com um sapato apertado? No início a gente aguenta, faz até cara bonita e se diz que depois vai amaciar. Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir. Há pessoas que calejam nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos, mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades. Nos trancamos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não permita que alguém magoe seu coração a ponto de te deixar insensível. Não deixe de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram seu céu. Se seu coração está calejado, cuide dele com mais carinho ainda. Que seja ele a transformar a atitude dos outros em relação a você e não o contrário! Se alguém que você ama só quer brincar com seu coração, talvez essa pessoa não mereça o amor que você sente. E por mais difícil que seja, guarde seu coração das asperezas, não deixe que as decepções o endureça. Olhe em outras direções, dê uma chance aos que te querem bem e ao seu coração de ser cuidado com o carinho que ele merece."
Indira

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Fazes-me falta", de Inês Pedrosa


"Chamo-lhe amor para simplificar. Há palavras assim, que se dizem como calmantes. Palavras usadas em série para nos impedir de pensar. O que existia, existe, entre nós, é uma ciência do desaparecimento. Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus. Agora que os teus olhos se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus."


"Como sabes eu vivo de relâmpagos; contigo partilhei uma trovoada um pouco mais longa do que o habitual. Foi apenas isso. De qualquer modo, a morte espreita sobre todos os prazeres dessa cronologia a que nos agarramos para escapar ao tempo. O que somos para além do que vamos sendo? O meu além eras tu - íman da minha íntima, impessoal temporalidade. Redenção dos males que me amputaram. Tu. (...) Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim. "



Indira






segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dalai Lama



Indira

domingo, 2 de maio de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Teoria da relatividade & Amarras para o lixo

Os seres humanos são como anjos de uma só asa. Só consegue voar quando abraçados.

O que fazemos para nós, morre connosco. O que fazemos pelos outros permanece e é imortal.

Primeiro, quero dizer que estas quatro frases não têm rigorosamente nada que ver com o que vem a seguir...mas espero que sejam inspiradoras :P

O que hoje quero transmitir está relacionado com a relatividade da importância. Tudo (ou quase) na vida é relativo: a importância e o significado que atribuímos a algum acontecimento, à atitude de uma pessoa que nos é próxima, entre outros aspectos da nossa vida, são fruto de uma avaliação subjectiva. Para ser mais preciso, aquilo que quero transmitir é o seguinte: desdramatizem algumas situações com que se vêem confrontados no dia-a-dia, relativizem-nas, tentem retirar algum do valor exagerado de que podem estar a revestir algum acontecimento. A partir disto, ser-vos-á possível respeitar as posições dos outros face a um mesmo incidente de um modo muito mais suave e pacífico.

A segunda questão que hoje invadiu a minha mente deriva do excessivo comodismo do ser humano, qual gigantesca muralha que o separa, muitas vezes, dos seus sonhos, da sua felicidade. 99,9999% das pessoas acomoda-se. Sim, no sofá. Sim, na cama. Sim, na praia, a apanhar banhos de sol. Sim, na vida. Sim,...Hã? Escrevi vida? Pois... é que é isso que acontece: sofremos de uma amaldiçoada preguiça e de uma (por vezes doentia) necessidade de nos sentirmos seguros, de sentirmos que temos de ter tudo sob controlo. PERCEBAM: NEM SEMPRE SOMOS CAPAZES DE TER TUDO SOB CONTROLO!

Soltem as amarras que vos impedem de perseguir os vossos sonhos, de dizerem o quanto amam uma pessoa (principalmente quando ela ainda não sabe), de, como se costuma dizer, fazer o que vos dá na telha (mesmo que seja porcaria :D)! É muito difícil, eu sei, mas é das coisas mais gratificantes que a vida nos pode oferecer. Tentem vencer isto diariamente, esforcem-se. Vale a pena.


Com moderação, claro. Expulsem a segurança como louc... quer dizer, (ir)responsavelmente.

André Pinto

quarta-feira, 28 de abril de 2010

não existe título para determinado texto,

porque destina-se a ter ou a não ter sentido, podendo assim, ter sentido para mim e não para ti ou vice-versa. acontecimentos que surgem muito de repente, passam-me ao lado numa correria tipo um atleta de competição, não sei bem porquê, nem como. foram surgindo e tornaram-se repetitivos e eu, sem saber o porquê daquilo tudo acontecer tão rápido e comigo. hoje está tudo bem, amanhã é o oposto e é sempre assim, sempre sempre e sempre. cansativo não? muito, porque por mais que puxe pelo cérebro, ele não me dá uma resposta para a minha simples pergunta: "porquê que tem de ser assim?"...
se fossem atitudes dignas, que fizessem de mim a pessoa mais feliz do mundo eu não estaria com este discurso um bocado sem sentido. sem sentido anda a minha vida, como se fosse uma montanha russa, aos altos e baixos, ora está bem ora está mal e, ninguém consegue estar bem assim ou, consegue?
uma coisa é o nosso dia de segunda-feira correr mal e, os restantes dias correm normalmente bem, o que é normal acontecer com todos nós, termos um mau dia por isto e por aquilo. comigo passa-se o pior, de segunda-feira a domingo os dias tornaram-se negros, sem cor para alegrar-me um bocado só.

(o nome não quer aparecer.)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma das 7 Maravilhas de Portugal..




é de louvar... tanta beleza junta...


*A'C*

quinta-feira, 8 de abril de 2010

«MEMORIAL DO CONVENTO», de JOSÉ SARAMAGO III



TESTE DE VERIFICAÇÃO DE LEITURA SOBRE O «MEMORIAL D0 CONVENTO» (ONLINE)...

Experimentem fazê-lo...
http://www.edusurfa.pt/testesdiag/TestesDiag.asp?ano=12&disc_id=27&teste_id=195

Um PPT com informações pertinentes sobre o «MEMORIAL DO CONVENTO».

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fstortomas.no.sapo.pt%2Fmemorial.ppt&h=49a8e577f85d0e0702aa3eb9d4d8f5ef

CC

«MEMORIAL DO CONVENTO», de JOSÉ SARAMAGO II

"(...) «Memorial do Convento»: um livro de rara e profunda originalidade no nosso panorama literário, um espelho de ver o país em que estamos a partir de uma história setecentista, uma lição de escrita que é moderna sem desprezar as raízes do idioma. Nem sempre um livro nos dá a sensação do encontro com uma obra de grande imaginação e criatividade. O Memorial do Convento é um dos raros livros em que isso acontece. Por isso a sua leitura se impõe como um dever - um dever que se transforma em prazer."

s/n, "Memorial do Convento" in Diário de Notícias, Lisboa, 28 de Abril de 1983, pág. 15-16.

CC

«MEMORIAL DO CONVENTO», de JOSÉ SARAMAGO

Recadinho para os 'meus meninos':

Se ainda não leram... aproveitem estes dias e leiam o «Memorial do Convento», de José Saramago. É a obra que vamos estudar até Junho.

Vá, ânimo... vamos transformar este final de ano num tempo de aprendizagem, com muita alegria e... partilha.

CC




"Era uma vez um Rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez."
in Memorial do Convento, 22ª ed., Lisboa, Editor...ial Caminho, 1994.

José Saramago: " O Memorial do Convento é uma reconstrução histórica a partir da ficção literária, porque toda a narração está fundamentada no passado para compreender o presente."
Jornal de Letras, Lisboa, ano V, nº 190 de 25 de Fevereiro a 3 de Março de 86.

Memorial do Convento serviu de base a uma ópera, Blimunda, com música do italiano Azio Corghi, estreada em Milão em 1990 (em Portugal, em Maio de 1991) e serviu de tema a um debate realizado em Itália: Viaggio interno al Convento di Mafra, moderado por P. Ceccucci, Guerini, Milão, 1991.

terça-feira, 30 de março de 2010

Queria...



"Queria poder esquecer-te, tirar-te dos meus pensamentos, do meu coração, da minha vida. Não fui eficaz! A cada dia que passa, lembranças atormentam-me, lembro-me de ti, apenas de ti, dos nossos momentos, das tuas palavras, do teu olhar. Será que algum dia conseguirei tirar-te da minha vida?

Tudo o que parecia tão perfeito acabou! Acabou como tudo se acaba um dia. O para sempre que me prometeste nunca existiu. Hoje, sei que queria que voltasses, nem que fosse por um instante. Queria estar no teu coração, mas esse caminho não consigo encontrar mais. Queria olhar-te e dizer que ainda te amo, mas como, se nem posso dizer-te um “olá”?! Queria voltar no passado, mas não posso, o presente impede-me. Eu realmente queria o que não tenho hoje, que tive por um segundo no passado e que não sei se poderei ter no futuro porque nós não fomos fortes. Quando os actos e sentimentos forem apenas saudades, os nossos sonhos se tiverem perdido no tempo, não digas que tudo o que vivemos foi em vão. Diz apenas que, por mais que nos amássemos e fossemos felizes, isso não nos tornou fortes para lutar contra tudo e contra todos para ficarmos juntos. Fomos fracos, e gostaria de encontrar forças no fundo do meu coração para te dizer que te amo demais e que sou capaz de tudo, mas as coisas não são assim. É fácil dizer, é fácil acreditar que tudo mudará, quando acontece o mesmo com outras pessoas.

Não sei qual de nós desistiu primeiro, mas sei que se fossemos dois a lutar estaríamos mais fortes. Perdoa-me por não conseguir lutar mais por nós, perdoa-me por não ter sido suficientemente forte, perdoa-me por tudo. E peço-to, se ainda posso fazer isso, não te esqueças do nosso amor, nem de mim. Segue em frente, sei que mereces ser feliz. Se o destino ainda nos quiser juntos, algum dia, em algum lugar seremos fortes para recomeçar e maduros o suficiente para não desistir. Eu estarei sempre de braços abertos para ti.

Agora, despeço-me da pessoa que mais amei, da pessoa que jurei amar pelo resto da minha vida, da pessoa que com um sorriso me fez apaixonar e com um beijo me fez querê-la para sempre, mas que os problemas da vida tiraram de mim. (...) Fica em mim saudades de ti que me fazes feliz de longe, saudades de ti que estás distante de mim e a certeza de que foste a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Adeus."
Indira

terça-feira, 23 de março de 2010

paixão

A paixão é a fonte dos nossos melhores momentos: a alegria do amor, a clareza do ódio, o êxtase da mágoa.

Às vezes dói mais do que nós podemos suportar. Se pudéssemos viver sem paixão, talvez conhecêssemos alguma paz. Mas seríamos ocos. Quartos vazios, fechados, húmidos, frios...sem paixão, estaríamos verdadeiramente mortos.

Paixão...está em todos nós. A dormir, à espera, e apesar de não a querermos, de não a convidarmos, ela vai-se mexer, vai abrir as suas mandíbulas, e uivar. Ela fala connosco, guia-nos...a paixão comanda-nos. E nós obedecemos.
Temos outra escolha?

from "Buffy, the Vampire Slayer"


[ não sei se já o pus aqui; se sim, vale a pena ler de novo ;) Mete o Ricardo Reis na algibeira! Toma Fernando Pessoa! Isto é para aprenderes a não azucrinares pobres estudantes!]
ritzm

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sonhar é preciso


Olá professora, visto que já algum tempo
que nao participava no blogue, achei por bem
deixar aqui algo bonito.
Para que não deixem de sonhar!
È muito importante sonhar
Porque no mundo dos sonhos
somos o que queremos e
fazemos o que queremos!
Sonhar é sonhar...


Pronto! Vou deixar-me de conversas,
aí está o poema !
Espero que gostem!








Sonhar é sair pela janela da liberdade,

é vaguear pelos caminhos

proibidos ou não.

É, sem ter um rumo qualquer,

ter um alvo a perseguir:

a felicidade.



Sonhar é não limitar-se a limites

sejam eles quais forem,

impostos ou não.

É fazer do impossível o possível

quando e como quiser o coração.



Sonhar é viver o passado no futuro

e o futuro no presente.

É ter o se quer

e afastar o que não se deseja

É despertar dentro de si

aquele ser criança.

É almejar a vida...



Pra sonhar não é preciso

ter passado, nem presente,

nem cultura, nem riquezas...

Pra sonhar não precisa fazer parte

de uma classe social

de uma faixa etária

ou de qualquer coisa que separe

um ser humano do seu semelhante

É preciso apenas ter esperança

pois sem esperança ninguém vive

e sonhar é viver...



Sonhar não é direcionar os pensamentos

ao que pode ser real

Mas sim tornar real,

mesmo que apenas na mente,

o possível e o impossível,

o real e o abstrato

o tudo e o nada

Num tempo e num lugar

a serem definidos

ao belprazer de quem sonha...



Sonhar é dar a própria vida

a um sentimento de bem-estar

e, sem restrições,

entregar ao coração as rédeas da razão

É viver com quem se ama

sentindo-se amado.

Sonhar é sair...

É vaguear...

É não ter rumo.

É ter um alvo.

É não limitar-se.

É fazer...

É sentir...

É amar...

É ser amado...

É ter esperança...

É viver!



Sonhar é preciso!





Telmo

Sampa, Sonhar é preciso




Aldinha 12ºE

sábado, 13 de março de 2010

SEM MEDOS...

Ainda que surjam 'pausas' no caminho... é imperioso ir em frente, inverter marcha, virar à direita ou à esquerda, sem medos... porque a vida é bonita!
(Coloquei este vídeo na minha página do Facebook e partilho-o também aqui... porque gosto muito de vocês... de todos, porém... de cada um em especial!)
CC

quinta-feira, 11 de março de 2010


"O único verdadeiro erro é aquele com o qual nada se aprende."
juanna #

terça-feira, 9 de março de 2010

As três peneiras


Antes de contares uma história, passa-a primeiro pelas três peneiras:

Primeira peneira: a Verdade.
Pergunta-te se o que queres contar é verdadeiro. Se não o for, deixa-o morrer. Se for, passa-o pela segunda peneira: a Bondade.
É coisa boa? Ajuda a construir o caminho e a fama de alguém? Se o que queres contar é verdade e é coisa boa, passa-o pela terceira peneira: a Necessidade.
Convém contar?! Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?!

Se passar pelas três peneiras, conta!!!!! Caso contrário esquece e enterra tudo. Será uma fofoca a menos a envenenar o ambiente e a semear a discórdia. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz, sepultando-o.

Não te esqueças: pessoas medíocres falam sobre pessoas. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas inteligentes falam sobre ideias.


Indira

sábado, 6 de março de 2010

FESTIVAL DO CHOCOLATE


«Chocolate. Uma palavra mágica que em Óbidos assume um significado muito especial.

Vestido em tons de castanho, mas também de rosa, verde, laranja, branco e até azul, o chocolate espalha-se por cada recanto da cerca do Castelo de Óbidos. Ali, durante 10 "deliciosos" dias, decorre o Festival Internacional do Chocolate.

Ponto obrigatório deste Festival é a Exposição de Esculturas, verdadeiras obras artísticas em chocolate, realizadas por profissionais da área alimentar que exemplificam as suas perícias na área da doçaria e chocolateria.

Este ano, o tema das Esculturas gira à volta das “Maravilhas do Mundo”. Coliseu de Roma, A Muralha da China, Taj Mahal e muito mais!




Para os mais novos, há a Casa de Chocolate das Crianças, com jogos, pinturas, ‘face painting’ e um ateliê sobre a história do chocolate. Com a ajuda de um chef, têm a oportunidade de confeccionar algumas receitas.


Em paralelo, os pais podem dedicar-se à Chocolaterapia: um conjunto de massagens com chocolate no rosto e no corpo. O que só faz bem a quem provar uma (mesmo que pequena) parte das dez toneladas de chocolate do evento.


Mais espaço, mais actividades, mais esculturas em chocolate…mas a mesma magia!»



http://www.festivalchocolate.cm-obidos.pt/

avrp

quarta-feira, 3 de março de 2010

LIVRE COMO O VENTO...


«Para mim há uma coisa sagrada: ser livre como o vento. Não ser como aqueles peixes que vivem num aquário e julgam que aquilo é o mar»


Luís de Sttau Monteiro
*
CC

segunda-feira, 1 de março de 2010

A queda do muro

Todos nós já hesitámos centenas de vezes. E centenas de vezes nos arrependemos disso, de não termos feito algo bloqueados pelo medo da incerteza, do desconhecido, qual parede que NÓS colocamos constantemente entre os nossos desejos e aquilo a que as pessoas tomam como "o mundo dos riscos desnecessários". Porque não mudar o nome deste mundo para "o mundo das coisas fantásticas" ou "gerador de felicidade"?

Fixei rapidamente uma inspiradora frase proferida pelo pai de Luís de Sttau Monteiro que, se não me engano, dizia algo parecido com isto:

"Faz sempre o que tiveres a fazer. Se te lixarem ,que tenham sido os outros que te lixaram a ti, e não TU que te lixaste a ti próprio."

Não há que ter medo do desconhecido ("A vida é como uma caixa de chocolates. Nunca se sabe o que está dentro dela."), pois é ele que nos reserva as maiores surpresas e alegrias da vida. Perguntem a uma pessoa mais velha se, de facto, os momentos mais marcantes da sua vida foram os que partiram do desconhecido, da incerteza, do risco....

Proponho que cada um de vós, seja uma vez por dia, seja uma vez por semana, por mês, por ano, ARRISQUE! Parta com todo o fulgor rumo ao fantástico desconhecido! Nada temam! Não tenham medo de perder, pois a vitória só está ao alcance dos que já perderam!

Proponho também outra coisa: que todos os participantes deste blogue partilhem o que fariam se soubessem que só tinham mais 24 horas de vida. Aposto que nesse caso arriscariam mais, não?

BEM, NÃO PODE SER ASSIM. NÃO PODEMOS DESPERDIÇAR ESTA OPORTUNIDADE QUE NOS DERAM, ESTA DÁDIVA QUE É A VIDA! NÃO ARRISQUEM SÓ NO ÚLTIMO MOMENTO! ARRISQUEM JÁ!

Pinto

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Por vezes, é tudo o que nos resta. O último grão de areia da praia da alma.

A tua dor é a minha dor, tal como os teus momentos bons me contagiam. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para te dar a conhecer o lado iluminado da vida. Abrirei as portas dos meus limites, se necessário for. Sem hesitar, sem pestanejar.

Estou de corpo e alma solidário para contigo.

És uma pessoa tão extraordinariamente ESPECIAL! Não duvides disso NUNCA.
Todos os que têm o deslumbrante privilégio de conviver contigo com certeza partilham da minha opinião.

Em breve, muitas coisas mudarão...

Eu tenho fé de que a felicidade e tu se encontrarão. Em breve. Acredita. A partir deste preciso momento.

Pinto

Não seques


Os dias passam, e é com preocupação que me apercebo disso. A água escorre pelos dedos e a pouca que fica, rapidamente seca...
Por vezes, tenho a explosiva sensação de que as pessoas não estão comigo, passam-me ao lado. Não me compreendem, não conseguem perscrutar os confins da minha mente. Olham para mim e não entendem o meu apelo de me abraçarem a alma. De me preencherem por completo.

Pinto

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

medo

Assustada. É o sentimento rei que me domina nos últimos tempos. De quê? Às vezes nem sei, outras vezes sei demais. Eu tenho tendência a exagerar nas coisas, e a arrepender-me logo de seguida. Exagero nas piadas, e a seguir arrependo-me, por ver que há quem não tenha achado piada. Exagero no tom de voz, e a seguir arrependo-me, por ver que há quem tenha ficado magoado. Exagero nas discussões, e a seguir arrependo-me, por ver que não tinha assim tanta razão. Assusta-me ver que, sempre que exagero, acabo por perder algo, ou pelo menos deixar algo por um fio. Há dias em que tenho medo de deixar escapar as pessoas de quem mais gosto. Tenho medo de que o tempo acabe por nos afastar definitivamente. Tenho medo de deixar que a familiaridade que tenho com outras pessoas faça passar para segundo plano aquelas que nunca do primeiro deveriam sair. Tenho tendência a exagerar na distração, a esquecer-me do mundo que me rodeia, a deixar que o cansaço me vença. E há dias em que me apercebo que já quase nada sei dos que me rodeiam. Não sei o que eles fazem, como vai a vida, tudo porque estava distraída demais e esquecia-me que essas pessoas dão-me, todos os dias, uma óptima razão para sair da cama com um sorriso, mesmo que seja daqueles dias em que estou a morrer de sono e que a manhã esteja tão gelada que vestir-me é um martírio. Deram-me um motivo para viver uma autêntica história, não de encantar, porque tem agressão e palavrões a mais (como diz a sabedoria popular, "quanto mais me bates mais gosto de ti"), mas uma que vale a pena viver, com um "e viveram felizes para sempre".
Tenho medo de um dia olhar em volta, aperceber-me de que vocês já não estão comigo, que a história chegou ao final, e que o único vilão que tudo destruiu fui eu.


rm

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um pensamento...

"As coisas não têm significado: têm existência. As coisas são o único sentido oculto das coisas."

Fernando Pessoa
Indira

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Se a vida fosse um sonho... #



(o português nem sempre é o melhor, mas a ideia está lá)
Juanna #

Abraços...


Sentir o nosso coração ao mesmo tempo que o de alguém a quem damos um abraço faz-nos de tal maneira bem à saúde, traz-nos uma tal paz, que até existe uma forma de tratamento chamada Terapia do Abraço.
Um bom abraço ajuda-nos a sentir as muitas dimensões do amor: a facilidade para receber e dar, a sensibilidade para o sofrimento, a disponibilidade para a alegria de se divertir e a profundidade da ternura.
Abraçar alguém é como dizer-lhe: "Olha, aqui estou para o que quiseres, de coração aberto para ti". O que implica aceitar ser rejeitado. Mal interpretado. Correr esse risco.
No entanto, só se a atitude interior, o pano de fundo a partir do qual nos relacionamos com os outros, for de lhes estender os braços e de os tocar, poderemos descobrir o valor da partilha.
Não são só as pessoas solitárias, infelizes, inseguras, que precisam ser abraçadas. Abraçar bem dá-nos saúde. Mas não se trata de abraços sociais, de conveniência, em que duas pessoas se tocam apenas por fora – portanto não se tocam -, nem de abraços de dois amantes apaixonados que um ao outro se agarram.
São abraços que acontecem porque saem cá de dentro sem que os travemos. Como expressão de um amor incondicional que nos habita – e de que não temos medo, porque o olhamos como algo que verdadeiramente nos liberta.
A intimidade que um abraço sincero oferece é a da compreensão. Da atenção. Da solidariedade. Da amizade que existe para lá da exaltação dos sentidos, apenas por ter a consistência daquilo que brota do fundo de nós mesmos e que se mantém quer faça sol quer chova.
Abraços são uma espécie de foguetes capazes de fazer despertar moribundos ou fazer levantar da cama preguiçosos. Explosões de vida. Há quem goste de os dar para reafirmar um vínculo de amizade ou qualquer outro sentimento. E são uma das melhores festas gratuitas a que toda a gente tem acesso. São abraços do fundo do coração, frequentes entre duas pessoas que, por nada pedirem uma à outra, de cada vez que se encontram recebem sempre muito – e apenas por isso são levadas a celebrá-lo.
Quando um coração se abre para outro coração, há quase sempre uma qualquer maravilha que pode acontecer. Ou, quanto mais não seja, uma sensação de paz possível, neste mundo cheio de guerras em que vivemos.

Adaptado do texto "Venha daí um bom abraço!",
Mais e Melhor, Maria José Costa Félix





Indira

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

o lado bom da vida



Apaixona-te definitivamente pelo teu sonho... o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante do que o teu. Apaixona-te pelo teu talento. Apaixona-te mais pela viagem do que pela chegada ao destino. Desapaixona-te dos teus medos, eles minam a tua alegria de viver. Apaixona-te pelas tuas memórias mais deliciosas, ninguém pode tirá-las de dentro de ti. Apaixona-te por aquele riso contagiante. Apaixona-te por alguém... apaixona-te pelo teu projecto de vida, acredita. Apaixona-te pela dança da vida que está sempre em movimento. Apaixona-te pela ideia de ser verdadeiramente feliz. Apaixona-te pela música que tu podes ser para alguém... apaixona-te definitivamente por ti. O poder de nos apaixonarmos só a nós pertence!

Junior Kinsell
avrp

Pensamento Positivo #




"A hora mais escura da noite é justamente aquela que nos permite ver melhor as estrelas".



Charles A. Beard

Juanna #

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sorria =)


"Ninguém está bem vestido sem um sorriso."


Indira

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CONTA-NOS UMA MEMÓRIA...

(CLICAR SOBRE A IMAGEM PARA A AUMENTAR)
*
Em breve começarão a ser publicados no blogue da OFICINA DE ESCRITA (http://esjcp-ofe.blogspot.com/) textos escritos por professores, funcionários, encarregados de educação de alunos da nossa Escola, alusivos ao tema «CONTA-NOS UMA MEMÓRIA...»
*
Começa a passar por lá... lê e comenta o que contam sobre si... e que perdura nas suas memórias.
Vais surpreender-te!
*
CC

sábado, 30 de janeiro de 2010

UMA MENSAGEM

Nada do que ter a vida ameaçada para se dar mais valor a ela.
Pessoas que têm tudo para se ser feliz na vida, e que por “coisinhas” minúsculas dizem: não tenho sorte nenhuma; porquê a mim?; a vida corre-me tão mal; blá blá blá...
Outras, nem tão pouco têm e consomem-se em imensos problemas GRAVES, e raro se lamentam. Quando me refiro a graves em letras maiúsculas, é porque são mesmo graves, a doença (seja qual for), a fome, a pobreza, a solidão, enfim, pessoas completamente sozinhas no mundo.
Desfrutem mais a vida, das pequenas coisas que ela nos pode oferecer e, nós agarramo-las com e, deixem para trás os minúsculos problemas se têm tudo ou quase tudo para se ser feliz. As zangas com o namorado; a gordura amais no corpo; o telemóvel que se estragou ou as mensagens que se acabaram; a peça de roupa que queriam tanto e não havia o tamanho; a perda do autocarro; etc. Estes pequeníssimos problemas (que não os considero como tais) ficarão para trás das costas ou então, encaramo-los com a maior descontracção e não a lamentar!
Aproveitar o Dia, isto é, o (nosso) Carpe Diem.

vanessa m.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

o menino que consertou o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para as suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar.

Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse distrair-lhe a atenção. Até que se deparou com o mapa do mundo. Com o auxílio de uma tesoura, recortou-o em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho:

Vou-lhe dar o mundo para consertar. Veja se consegue. Faça tudo sozinho.

Pensou que, assim, estava se livrando do garoto, pois ele não conhecia a geografia do planeta e certamente levaria dias para montar o quebra-cabeças. Uma hora depois, porém, ouviu a voz do filho:

Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!

Para surpresa do pai, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?

Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?

O menino respondeu:

Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e descobri que havia consertado o mundo.



autor desconhecido


r.m.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Shakespeare



Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri. É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas agigantam-se e encolhem-se aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho.


William Shakespeare

avrp

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mulher despida


"Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher despir-se de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar as suas fantasias, as suas dores, a sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder os seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos orgulharmo-nos das nossas falhas, pois são elas que nos tornam humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornais mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr os nossos segredos e insanidades, revelar o nosso interior. Mas é o que devemos continuar a fazer. Despir a nossa alma e mostrar quem realmente somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço streep-tease mais sedutor."


Indira

domingo, 24 de janeiro de 2010

METADE



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja para sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também
.

CC

sábado, 23 de janeiro de 2010

saudades

As saudades são facas afiadas que nos atravessam o corpo em momentos nostálgicos. E, o mais engraçado, é que sentimos saudades, por vezes, das coisas mais tolas que possam existir, ou até mesmo de coisas que nos fizeram sofrer. Quando aparecem coisas mais concretas na nossa vida, coisas que nos conseguem baralhar completamente os sentimentos, o medo com a esperança, a impotência com a vontade, sentimos saudades das dorzinhas medíocres das paixonetas falhadas (e não passamos a usar diminutivos nas palavras que se referem ao passado por este não ter doído, mas sim por ser de minúscula importância comparado com o que lidamos). Quando passamos a ter um horário completamente ocupado, ao princípio parece bom termos a mente ocupada, parece-nos bem distraí-la o mais possível, mas a dada altura desejamos riscar a agenda e deixar grandes espaços em branco para nos dedicarmos à arte de nada fazer (e, se alguém nos liga a marcar sessão, respondermos com a amável frase "Está tudo preenchido"). Quando estamos na sala ao lado das pessoas de quem mais gostamos, sentimos saudades de quando estavamos sempre com elas e já não nos podiamos ver à frente. Quando não temos trabalhos de grupo para fazer, a princípio, parece-nos bem, não nos temos de preocupar em buscar horas compatíveis, a discutir ideias, a aceitar as ideias dos outros de que não gostamos assim tanto. A longo prazo, desejamos que alguém nos dê um tema e nos largue o trabalho nas mãos porque, todos sabemos, 90% do trabalho de grupo é paródia, e sobram apenas 10% para o trabalho, embora só nos apercebamos destas percentagens quando não nos temos de preocupar com elas. Quando decidimos sermos os nossos próprios confidentes, às vezes temos saudades daquela capacidade que tínhamos de desabafar com as pessoas.
Tenho saudades do mar de coisas, de oportunidades, de rotinas que, até há bem poucos meses, eu tomava como certas.

rm

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Contraste



Eu estava fixada nessa árvore sem saber o porquê, e tu reclamavas, reclamavas por eu estar sempre a olhar para ela.
Porquê? Nem eu sei...
Tinha o meu pensamento parado, as ideias não me surgiam, as palavras não queriam falar.
Parecia já nem conhecer o sitio, parecia que não era eu, que não eras tu, que não éramos nós...

E eu olhava, fascinada, continuava a olhar para essa árvore que me acalmava sem motivo algum.
Então percebi!
O meu inconsciente tornou se consciente, lembrei-me do que eu já tinha esquecido, não era a primeira vez que eu para ela olhava, não era a primeira vez que eu ali estava.
Ao fim de algum tempo, ali estávamos nós, no nosso jardim... o que existia ainda existe, até a árvore...
A nossa história não acaba...
Saudades de estar ali, tinha de lhe tirar uma fotografia.

gi~

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ASSIM SÃO AS AMIZADES ESPECIAIS

Algo sempre marcou a nossa vida, pois na nossa caminhada cruzamos-nos sempre com algumas pessoas que deixaram alguma marca especial. São aquelas amizades que de uma maneira ou de outra, deixaram marcas indeléveis da sua passagem. Seja porque nos despertaram um sentido de carinho mais especial, seja porque nos fizeram algum ou alguns grandes favores. Em suma, as razões são várias, mas acredito que todos nós sempre tivemos esse alguém muito especial na nossa vida. Seja de hoje, de ontem, ou do século passado, as marcas ficaram. E porque não dizer, relacionamentos vindos de outras vidas. Quem é especial...fica! Dizem que se leva um minuto na vida para reparar numa pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas é necessário uma vida inteira para esquecê-la...E por vezes nunca conseguimos esquecê-la, pois ela é uma dessas pessoas especiais que sabe-se lá por quais razões, despertaram um sentimento especial, algo como uma afinidade maior. Alguma coisa bateu lá dentro e pronto, simpatizamos por demais com um certo alguém. Bateu aquela coisa diferente na nossa alma, houve um entendimento, aparentemente inexplicável. Aquele não sei o que e nem bem porquê, mas que é o que chegou, entrou e marcou em definitivo. Muitas vezes somos tratados de uma mesma maneira por pessoas diferentes, mas o que "cai bem" se dito por uma, pode nos parecer antipático se dito por outra. Porquê isso? Uma das explicações que já ouvi, e da qual partilho, faz alusão a resgates de vidas anteriores. Mas tal lógica pode parecer ilógica para quem não aceita a teoria da reencarnação. E não se pode jamais discutir o mérito da questão. Cada qual tem os seus pontos de vista, que sempre devem ser respeitados, salvo se desejar se aprofundar no assunto. Existem diversas explicações, mas o certo é que isso realmente ocorre. Esse fenómeno que determina a nossa simpatia por alguém e a nossa antipatia por outro alguém é um facto indiscutível. Explicações? São por demais subjectivas, e passíveis de polémica. Em nome da amizade, para que criá-las? É importante saber aceitar o facto em si, sem tentar saber o porquê do que desperta tais sentimentos. O interessante é que muitas vezes pensamos desfrutar de uma amizade muito especial, mas por motivos alheios à nossa vontade, essa amizade se desmancha, e prontamente nos esquecemos dela. E de outras fica mais difícil, e sempre tentamos uma reaproximação. Por que rapidamente assimilamos uma ausência e outras não?Por que existem pessoas que desejamos que fiquem horas a nosso lado a conversar, e outras que à sua simples presença, já esperamos que logo nos favoreça com a ausência? Fala-se que todos nós temos uma aura à nossa volta. Alguns têm-na positiva, e atraem amizades. Outros têm-na negativa, e repelem amizades. É uma explicação bem simplista e com muita lógica. Por que então, uma mesma pessoa tem amigos e inimigos? Por que A atraiu a amizade de B, e a inimizade de C? Realmente é curioso isso. Não existe pessoa que não tenha sequer um amigo. Então a aura, por mais negativa que seja, atraiu a positividade de alguém, ou será uma outra aura igualmente negativa? São os opostos ou os semelhantes que se atraem? Por que uma pessoa é simpática para muitos, e antipática para outros? Convenhamos que a primeira teoria tem um pouco mais de lógica. Temos que convir que é muito difícil esquecer uma velha e boa amizade, lá isso é.
Tenho diversos e bons amigos perdidos nas brumas do passado, mas que sempre estão nas lembranças, e de vez em quando bate uma saudade. E se ocorre algum reencontro, é uma festa digna de nota.
(Marcial Salaverry)


vanessa m.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sem dúvida, dois livros de leitura obrigatória

No dia 11 de Novembro, Verónica decidiu que havia - afinal! chegado o momento de se matar...
e não se estava a matar porque era uma mulher triste, amarga, vivendo em constante depressão... Haviam duas razões:

A primeira é que tudo na sua vida era igual, e - uma vez passada a juventude - seria a decadência...

A segunda, Tudo o que se estava a passar no mundo estava errado e ela não tinha como reparar isso...

Quanto tempo me resta?- Repetiu Verónica, enquanto a enfermeira dava a injecção.

- Vinte e quatro horas. Talvez menos.

"Ela baixou os olhos, e mordeu os lábios. Mas manteve o controlo.

- Quero pedir dois favores.

O primeiro, que me dê um remédio... de modo que eu possa ficar acordada, e aproveitar cada minuto que restar da minha vida. Eu estou com muito sono, mas não quero mais dormir, tenho muito que fazer - coisas que sempre deixei para o futuro, quando pensava que a vida era eterna. Coisas pelas quais perdi o interesse, quando passei a acreditar que a vida não valia a pena.

- Qual o seu segundo pedido?

- Sair daqui, e morrer lá fora. Preciso de subir ao castelo de Lubljana, que sempre esteve ali, e nunca tive a curiosidade de vê-lo de perto... quero andar na neve sem casaco, sentindo o frio externo - eu, que sempre estive bem agasalhada, com medo de apanhar uma constipação.

Enfim, Dr. Igor, eu preciso de apanhar chuva no rosto, sorrir para os homens que me interessam, aceitar todos os cafés para os quais me convidem.

Tenho que beijar a minha mãe, dizer que a amo, chorar no seu colo - sem vergonha de mostrar os meus sentimentos, porque eles sempre existiram, e eu escondi-os...

Quero entregar-me a um homem, à cidade, à vida e, finalmente, à morte."


“Fechou os olhos, sentiu que ele também fazia o mesmo. E o sono veio, profundo, sem sonhos. A morte era doce, cheirava a vinho, e acariciava os seus cabelos.”


Paulo Coelho "Verónica decide morrer"




"No fim, tu morres. No fim do livro, tu morres. Assim mesmo, como se morre nos romances: sem aviso, sem razão(...)"

«Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»

«Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.»

«Parecia-me que já tínhamos vivido um bocado de vida imenso e tão forte que era só nosso e nós mesmos não falávamos disso, mas sentíamo-lo em silêncio: era como se o segredo que guardávamos fosse a própria partilha dessa sensação. E que qualquer frase, qualquer palavra, se arriscaria a quebrar esse sortilégio.»

«Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto.»

"(...) e as fotografias continuaram sempre dentro desse envelope, na gaveta, no mesmo armário. Vinte anos. Só ontem é que voltei a vê-las. Só ontem é que percebi que tinhas morrido."

"Escrever é usar as palavras que se guardaram: se falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer."

"Às vezes, lá onde moro, fico à noite a olhar as estrela como as do deserto e oiço o tempo a passar, mas não me angustia mais: eu sei que é justo e que tudo o resto é falso."

Miguel Sousa Tavares "No teu deserto"


























Indira

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desprezo...

(Adicionei a imagem. Espero que não te importes, Indira. Considero-a simples, mas bem adequada ao post, uma vez que possui várias interpretações.
CC)

"Já notei que a maior parte dos homens se sente açulada e indignada quando, em pleno combate moral, recorremos à ternura e ao afecto. É vê-los feras amansadas e apanhadas de surpresa assim que recorremos à violência ou à dureza. Raça detestável! Tal preceito mantém-se praticamente inalterável no que respeita ao amor.
Realidade estranha e deplorável, pois, em muitos casos, é igualmente aplicável à amizade; realidade pavorosa, desesperante, mas inevitável, necessária à subsistência das nossas sociedades, dos governos mais democráticos aos mais despóticos. Quando não é refreado nem reprimido, o homem aproveita imediatamente para cometer abusos. Despreza quem o receia e maltrata quem o ama; receia quem o despreza e ama quem o maltrata."

George Sand, in 'Diário Íntimo'

Indira

PS - Pinto, fico à espera do teu comentário =)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

«A LISTA», em especial para a Indira...

Partilho aqui um dos meus autores/cantores preferidos.

Ouçam e sintam a letra...
(Para TODOS, mas em particular para a INDIRA, uma pessoa muito bonita que tive o prazer de conhecer este ano e que partilhou o post em baixo...)

Carinho meu...

(Gosto mesmo de vocês!!!)

CC
*

A lista...

"Alfredo, com o rosto abatido de tristeza, encontra-se com a sua amiga Marisa para tomar um café.
Deprimido, descarregou sobre ela as suas angústias, problemas com o trabalho, problemas financeiros, problemas no casamento, problemas vocacionais... Parece que tudo estava mal na sua vida.
Marisa abriu a sua bolsa, tirou uma nota de 100 reais e disse-lhe:
- Alfredo, aceitas este dinheiro?
Alfredo, um pouco confuso a princípio, imediatamente responde:
- Claro, Marisa... são 100 reais, quem não aceitaria?
Então Marisa pegou na nota de 100 reais que já estava nas mãos de Alfredo e amassou-a toda, fazendo com ela um montinho de papel. Mostrando-lhe o bolinho de papel amassado, Marisa perguntou-lhe novamente:
- E agora, ainda aceitas esta nota?
- Marisa, não sei o que pretendes com isto, mas continua a ser uma nota de 100 reais. É claro que a aceito...
Então Marisa desenrolou a nota toda amassada, jogou-a no chão, pisou-a, esfregou-a com os pés e pegou-a toda suja e riscada:
- Ainda aceitas esta nota?
- Marisa, continuo sem entender o que tu queres... Mesmo suja esta nota continua valendo 100 reais...
- Vê, Alfredo, tu deves saber que mesmo quando as coisas não saem como tu desejas, mesmo que a vida te amasse e te pisote, tu CONTINUAS a ser tão valioso como sempre o foi... O que tu deves perguntar-te é QUANTO vales de fato, em qualquer circunstância.
Alfredo ficou a olhar para a Marisa sem nada responder, enquanto o impacto da mensagem penetrava profundamente no seu coração. Marisa pôs o bilhete amassado no canto da mesa e com um sorriso cúmplice acrescentou:
- Toma, guarda contigo para recordares isto quando te sentires mal...
Mas deves-me uma nota NOVA de 100 reais para poder usar com o próximo amigo que estiver necessitando.

Marisa beijou o rosto de Alfredo que ainda não havia pronunciado nenhuma palavra. Levantou-se e dirigiu-se em direção à porta.

Alfredo voltou a olhar para a nota de 100 reais amassada, sorriu, guardou-a na carteira e com renovada energia chamou o garçom para pedir a conta...


Quantas vezes duvidamos de nosso próprio valor, de que realmente MERECEMOS MAIS e que PODEMOS CONSEGUI-LO se no-lo propusermos!
É claro que não basta um simples propósito... Precisamos AGIR para alcançar o que queremos. Eu sei que posso conseguir e que existem muitos caminhos para alcançá-lo.

Exemplo rápido:
1. Cite as cinco pessoas mais ricas do mundo.
2. Cite os cinco últimos ganhadores do prêmio Martín Fierro de Ouro.
3. Cite as cinco últimas ganhadoras do concurso Miss Universo.
4. Cite dez ganhadores do prêmio Nobel.
5. Cite os cinco últimos ganhadores do Oscar por melhor atriz ou ator.
6. Cite os últimos dez ganhadores dos campeonatos Mundiais de Tênis.
Como se saiu? Mal? Não se preocupe.

O importante é saber que:
Nenhum de nós se lembra dos vitoriosos de ontem. Não
há segundos lugares, eles são os melhores em sua especialidade, mas os aplausos passam! Os troféus ficam empoeirados! Os ganhadores são esquecidos!

Agora tente responder estas outras perguntas e veja como você vai se sair:
1. Cite três professores que lhe ajudaram na formação escolar.
2. Cite três amigos que lhe ajudaram em momentos difíceis.
3. Cite cinco pessoas que lhe disseram alguma coisa importante.
4. Pense em algumas pessoas que lhe ajudaram a sentir que você era uma pessoa especial.
5. Cite cinco pessoas com quem você gosta de se encontrar frequentemente.
6. Cite três heróis cujas histórias lhe inspiraram em alguma coisa.
Que tal? Foi melhor agora? Aprendeu a lição?
As pessoas que fazem você se sentir diferente nem sempre são as que têm as melhores credenciais, as que têm mais dinheiro ou os maiores prêmios...
São significativas aquelas pessoas que se preocupam com você, que cuidam de você, as que de muitas maneiras estão ao seu lado.
Pare um pouco para pensar...

A vida é muito curta!

VOCÊ, em que lista está?"


P.S. - Dsc por estar em brasileiro

Indira

Porque a escola faz parte do nosso percurso!

«Para mim, é a escola que educa os jovens para extraírem força da fragilidade, segurança da terra do medo, esperança da desolação, sorriso das lágrimas e sabedoria dos fracassos. A escola dos meus sonhos une a seriedade de um executivo à alegria de um palhaço, a força da lógica à singeleza do amor. Na escola dos meus sonhos, cada criança é uma jóia única no teatro da existência, mais importante que todo o dinheiro do mundo. Nela, os professores e os alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de sonhos. »

Augusto Cury, "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes"
avrp

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Solidão

"Muita gente define a solidão como uma pequena casinha no alto de uma montanha, um barquinho no meio do mar, um viajante no meio do deserto. Pura ilusão. Muitos estão sozinhos no meio da multidão das grandes metrópoles..."

Indira

Turbilhão de ideias confusas, dispersas

Não há amizades como dantes: sinceras, grandiosas, enriquecedoras, seguras, confiantes. Não pode haver. Hã? Porquê? Ah, porque o "manual da amizade contemporânea" da rebanho editora diz (ou será que quase que manda?) que hoje as amizades têm de ter os seguintes requisitos:

1. Comunicação essencialmente feita através de contacto telefónico (SMS) e virtual (messenger e redes sociais e os seus mesquinhos e falsos comentários, dos quais algumas pessoas afirmam a sua existência, mas como devem precisar muito daquilo, continuam na mesma)
2. Falar directamente com a pessoa olhando.... (imaginem só) para o ECRÃ DO TELEMÓVEL. (incrível, nunca vi isto em lado nenhum)
3.Não há reciprocidade, ou seja, tira-se à sorte quem vai ser amigo de quem. Se A dá a B, B não dá a A. Se B dá a A, A não dá a B.
4. Não há espontaneidade. (Ah...calma...senta...isso...muito bem. Não ajudes o outro se ele não te bater à porta ou te mandar um SMS)
5.Quanto mais vazia a amizade for, melhor. Conversem sobre as originais e sempre fascinantes cores dos vossos tachos ou talheres. Falem sobre a forma do vosso tecto. Dos dedos das mãos. Vá, qualquer coisa menos os assuntos proibidos: tudo o que envolva conhecimentos ACIMA daqueles que um míudo de 12 anos tem.


Parabéns! Uma vez cumpridos estes requisitos, estão prontos para se tornarem...UMA OVELHA! IGUAL A TANTAS OUTRAS! NÃO É FASCINANTE?



Em crianças, sonhamos. Em crianças, queremos ser tudo.

Em adolescentes, passamos mais tempo a emitir as nossas opiniões sobre os outros (sinal tão claro de pobreza de espírito e de desgosto em si próprio) do que com algo de grandioso. Em adolescentes, queremos muito menos do que em crianças.



Ok, tornamo-nos conscientes de muitas coisas que podem travar os nossos sonhos. Mas raramente aprendemos como "andar" no seu mundo.




Tornam-se (os adolescentes) ovelhas num rebanho enorme, e como tal, têm medo se perder (como não há identidade própria, têm de a arranjar através de uma identidade grupal. Os grupos são mesmo muito bons, quando permitem alguma diferenciação).

De vez em quando, entra em cena o cão, com os seus latidos fortes, a alertar para a necessidade de ordem, de o rebanho estar unido. A impedir qualquer tentativa de desvio à normalidade.

Sou o mais sincero possível quando considero muitas pessoas que conheço autênticas "ovelhas". Pessoas desinteressantes, iguais, qual artigo produzido em série com o passar dos anos.

Sim, vocês ovelhas sentem-se seguras. Claro.... e que tal sentirem-se.... estúpidas? Porque não?
Se pensarem bem (coisa que aliás devem fazer de acordo com regras que limitam muito este acto) vocês agem todas de modo idêntico ou para lá caminham. É na adolescência que se forma a (quase totalidade) nossa personalidade, não se esqueçam.
Não se desinteressem por vocês mesmas. Não se tornem desinteressantes. Não se esqueçam que, apesar de ser importante sermos todos aceites, isso não implica sermos IGUAIS.

É por isto que critico duramente (e não tenho qualquer peso de consciência em fazê-lo) as ovelhas-humanas: pessoas que, por motivos vários (por exemplo, falta de ou fraca personalidade, fuga de algo inevitável,...) acabam por se perder...de si mesmas...do seu mundo....e entram num mundo fantástico onde todos são....IGUAIS! BRAVO! BRAVO! BRAVO! FANTÁSTICO! YUPI!

Tenham coragem de assumir a vossa identidade... se não a perderam já. Mas nunca é tarde.
Afirmem-se plenamente! Não sejam fracos! Não sejam iguais a X ou Y! Tenham referências, sim, mas não sejam uma cópia!

Um apelo da autoridade das minorias. Não tem como objectivo ferir susceptibilidades (mesmo com o seu quê de ironia e agressividade) mas sim ACORDAR as pessoas.

A.P.

P.S.: não dirijo este post a todas as pessoas que conheço nem a todas as pessoas que participam neste blogue (felizmente, muitas delas estão fora do rebanho - sim, não uso aspas- e isso deixa-me orgulhoso e feliz), mas já sabem: se acharem que vos serve, enfiem a carapuça . E tirem o melhor proveito dela.


Quantas vezes na nossa vida deixamos de dizer:

eu amo-te...;

tu fazes-me falta...;

fica mais um pouco...;

Quantas oportunidades perdidas..., por timidez ou orgulho em excesso.

Dizia Chaplin: a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, canta, ri, chora e vive intensamente cada momento da tua vida antes que as cortinas se fechem e a peça termine

sem aplausos...





Gostei e quiz partilhar XD

saleicha*

Como a erva do campo assim são os dias dos seres humanos; como a flor do campo assim são; mal o vento sopra, logo deixam de existir, e o seu lugar se esvai.

Bíblia, Salmos 103

Eunice Gomes , 12ºG

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

a magia que se perde na adolescência

- O meu pai...
- O teu pai ainda é vivo?!?
- Porque é que não devia ser?!?
- Oh...com filhas tão grandes pensei que ele já não era vivo!

---X---

- Tu hoje estás maluco, miúdo?
- Eu não! Maluca está a minha mãe! Hoje deve ter tomado o comprimido errado, não está lá a bater muito bem da bola!

---X---

- Tive Satisfaz Pouco numa cópia...
- Só?!?
- É que, sabes...estava muito frio...e a minha mão não parava de tremer! Por isso a letra ficou toda torta...
- Bela desculpa! E tu, quanto tiveste?
- Eu? Eu tive um ponto de interrogação! Tinha a caneta partida!




[ e quem é que consegue resistir às patetices que eles dizem? ]

rm

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UM PRÉMIO - UM LIVRO («QUANTAS ESTRELAS TEM O CÉU?»)

É um livro que dá prazer manusear.
*
Talvez porque não é grande nem pequeno. Talvez pelo papel macio, de cores fortes e opostas nas 'duas' capas, uma vez que se lê a versão dela ou a versão dele... basta virar o livro ao contrário. (Será que eles e elas são assim tão diferentes? Masculino e Feminino divergem no modo como encaram as situações... sejam elas desafios, vitórias, afectos ou desafectos ?).
*
Comprei este livro para vocês... que participam neste blogue. (Porque gostei dele e porque gosto de vocês. Simples!)
Quem o vai segurar nas mãos (ficar com ele) ainda não sei... nem que tipo de desafio lançar para encontrar o/a vencedor/a. 1000º Post? O melhor texto, escolhido através da votação de todos, que responda ao título do livro?
Hipóteses...
Para já solicito sugestões para atribuição deste prémio... e leiam a apresentação do livro, numa das imagens. (Para aumentá-la, e ler melhor o conteúdo, basta fazer um clic sobre a imagem).
*
QUANTAS ESTRELAS TEM O CÉU?
Não sei. Mas sei que vocês são parte delas...
*
CC