sábado, 27 de junho de 2009

nota de despedida

já te informei que preciso deixar-te partir. inutilmente, tentei lutar contra o que eu sentia e, embora fossem notórios grandes progressos, eu voltava ao mesmo estado de podridão da alma. o veneno da tua existência corria-me nas veias, e eu constantemente sentia uma pequena parte de mim envelhecida. sempre pensei que isso ocorria quando estavas longe de mim, mas não. o que mais me faz sofrer é estar perto de ti, e sentir-te distante.
estas férias têm sido tão diferentes de tudo o que já vivi! a tua ausência física tem sido para mim um impulso para continuar em frente, para correr de olhos fechados, até chegar onde pretendo chegar. não te sinto mais aqui, do meu lado. nunca pensei dizer-te isto mas, não consigo viver contigo. precisas sair daqui para fora, deixar-me em paz, deixar-me viver a vida que mereço e que perdi nos últimos meses, à conta de um sentimento teimoso por uma pessoa inútil.

bon voyage, mon amour! parte para bem longe e, se um dia quiseres voltar, lembra-te: eu não sou mais a rapariga que outrora não desistiu de ti.




ritzm