sábado, 13 de junho de 2009

um qualquer lugar, 11 de Junho de 2009

Hoje aconteceu tudo o que não poderia ter acontecido. Sabes, a vida tem sido boa sem ti. Há já alguns meses que conseguia olhar para ti e dar-te os bons dias sem o nervoso miudinho me consumir, há alguns meses que conseguia dormir sem tu me perseguires nos sonhos, há alguns meses que eu tenho conseguido ser feliz. Tinha alcançado aquilo que há tanto ambicionava, e tu não eras mais do que um pedaço sujo da minha existência, algo que durante anos foi maravilhoso, mas que no fim se revelou ser uma ilusão. Custa-me pensar em ti, deste modo, mas não existe outro, para meu bem, é assim que vai ter de ser. Porque, como disseste, a partir daqui serás tu por tua conta, e eu não estou incluída. Tens razão, fizeste-me perder toda a confiança que eu tinha nas pessoas, e mostraste-me que apenas podemos contar com nós próprios, pois até o nosso melhor amigo nos pode trair no momento em que menos esperamos.

Mas veio uma situação, daquelas que só existiam antes de ti, e desabei. Peguei no telemóvel, furiosa, escrevi uma sms, e no fim disse a coisa mais verdadeira que te podia dizer: amo-te. Marquei o teu número, mas os meus dedos paralisaram, não consegui carregar no enviar. Sabes...às vezes tenho saudades da pessoa que eu era contigo. Tenho saudades da vida que construímos juntos, dos momentos perfeitos. Mas há que me lembrar todos os dias que isso é passado. Que nunca mais voltará, porque eu não quero, porque eu mereço mais do que algum dia serás. E sempre que eu voltar a cair, te garanto...a cada dia me levanto mais rápido.

Adeus, pseudo-amor

ritzm