sábado, 16 de maio de 2009

Mar ...

Mar, mar meu!
Porque me levas as esperanças?
Roubas-mas como se fossem tuas,
Não me deixas qualquer tipo de lembranças!

Escolhes a mais violenta onda
P’ra me levar o que no coração me falta
Afogas tudo o que nele tenho,
Lavas-me a minha alma…

Desapareces no meio do nevoeiro
Olho então, para o horizonte.
Desesperadamente, os meus sentimentos vejo,
Flutuar lá ao longe

Penso que nunca os terei de volta
Afinal, foste tu que mos tiraste
Penso neles a toda a hora,
Aqueles cujo do coração me roubaste

Sentada na areia fina
Penso em toda a minha vida
Faço-te perguntas sem resposta
Ou daquelas que encontrarei um dia

Encontro semelhanças entre tu e eu
Tens uma vida de loucura,
Daquilo que precisas para viver
Andas sempre tu à procura

Essa procura é incessante
Quando olho assim para ti.
Vejo os olhos de quem amo
De por quem um amor assim nunca senti!

Vejo-nos aos dois
No reflexo da tua água
Aquela nossa cumplicidade
Que voa nas garras de uma águia

Nada em nós era fingido
O nosso amor era realçado
Aquele que, reflectido em ti, vejo unido
Aquele amor que por nada será quebrado…

Só queria poder dizer
Que o teu sentimento eu chamo,
Explicar-te o que por ti sinto
Dizer ao mundo o quanto te amo!


(Escrito há 3 anos atrás, numa noite em que as lágrimas eram as únicas que partilhavam comigo aquele espaço, e assistiam àquele meu sofrimento)

*No entanto, hoje já não choro assim e as lágrimas são substituídas por um novo sorriso e o que ocupava o coração, ocupa agora um canto do meu “álbum de recordações”


Guid@