domingo, 22 de março de 2009

adeus

Parecia que nada na vida dela fazia sentido, que o Sol não era tão brilhante como nos outros dias, e que o céu era de um azul deslavado e asqueroso. Apetecia amachucar tudo o que aparecia à frente. Uma revolta nasceu - contra si própria. Aos poucos foi desmanchando a vida sem vontade de a reconstruir. Aquelas linhas do destino, não podiam ter sido cortadas! Eram as veias que lhe percorriam o corpo. Sem elas, como circularia o sangue? Os nervos colocaram-se em modo de franja, e forçaravam as lágrimas a sair pelos olhos cegos de amor. Tecer uma nova vida seria algo impensável. Era uma traição ao passado, ao passado que a tinha feito. E cada dia era sobrevivido de maneira cruel, como se carregasse o mundo às costas e fosse chicoteada, com o sorriso mais falso do mundo, que convencia quem quer que se cruzasse no caminho.

Um dia a vida disse-lhe para viver. E ela não mais olhou para trás.

Ritz M