sexta-feira, 13 de março de 2009

desfocado (sexta-feira 13)

O inverno parece ter acabado, e com ele ficaram as más memórias e os sentimentos pesados. As nuvens já não conseguem tapar a beleza do Sol, da mesma maneira que certas existências já não conseguem condicionar a minha felicidade. Hoje, os raios de sol iluminam e aquecem a face que há bem pouco tempo estava cobertas de lágrimas, derramadas por amores infortúnios.
Já se torna difícil materializar a tua face nos sonhos bonitos, simplesmente porque tu já não fazes parte deles. Os teus traços foram arrastados pelos ventos para fora daqui, e as chuvas dissolveram o amor cem por cento puro de que o meu coração era composto.
Os dados foram lançados, as cartas jogadas. A relva está mais verde que nunca, e o céu está de um azul homogéneo, que só as brancas nuvens de algodão cortam. Os amigos estão sentados em roda no chão, e tiram fotografias loucas de uma juventude recheada de bons momentos. Mesmo nos silêncios se ouvem as músicas alegres, que já cheiram a primavera.

Há quem acredite que as sextas-feira treze são dias azarados...acreditei nisso uma vez. Mas hoje não há absolutamente razões nenhumas para ser superstiosa. Coloquem sete gatos pretos em cima de um espelho partido, por baixo de um escadote! Não há réstia de azar.

O que antes era uma visão desfocada do mundo...agora é uma visão clara dos acontecimentos.


Ritz