segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não tenho...

Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.

...

Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

...

Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

...

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

...

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.


F...e...r...n...a...n...d...o P...e...s...s...o...a


Extraído do livro "O eu profundo e os outros eus"


(Sim Andreia, desta vez lembrei-me de ti e não me esqueci das cores!!!!)


Indira