sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Canto das rochas


Vamos deixar sonhar quem quer. Vamos deixar sorrir quem precisa. Vamos amar quem se perde nas ruas da indiferença... É assim que permitimos o desenrolar do motor vital que tende a parar muitas vezes. A alma arrasta a saudade daquilo que fomos um dia. Seres unos, plenos de sentimentos e ambições, seres claramente perturbados pelo excesso de carinho... Algo que nos era, de facto, estranho. O Sol nasceu sem qualquer nuvem a circundá-lo e, aí, senti-me imensa! A alma arrasta o amor que um dia partilhámos sem descanso. Amor esse que nos preencheu o corpo e a mente durante noites incessantes. Dancei por entre brisas leves e passageiras e o som das flores embalou-me, mais uma vez... E quando o nexo das palavras que escrevo começa a desaparecer, só posso afirmar que um dia tive noção do que me rodeava e nos envolvia. O tempo não pára e não escutamos o mar. É triste ouvir o canto das rochas, sem ouvir a doce melodia das ondas...
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Magda Martins