quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DESAFIO ACEITE



Aquela era a única água que matava a minha sede e tu eras o único dono dela. Só quem te amasse verdadeiramente podia beber daquele poço de esperança. Não foste tu que morreste, fui eu. Já não te tenho comigo e, a tua água era a única que me mantinha viva. Tu apenas partiste em busca de outras águas, de outras aventuras. É assim que, pelo menos, eu gosto de pensar. Admitir que morreste é demasiado pesado e as minhas mãos enfraquecem a cada segundo que passa.Também não penso que a tua água ande por aí nas mãos de outrem. Não acredito porque ninguém poderia atingir a tua sabedoria. És inigualável!A água que transportavas era a que se movia dentro de mim. Era essa a água bombeada pelo coração a todas as partes do meu corpo. A tua água era o meu sangue, e a nossa essência; e é por isso que, desde que partiste vivo numa sede constante que não consigo apagar, como uma flor que não floresce numa Primavera que não renasce.


Cataryna*