sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

EU ACEITO O DESAFIO !


A mesma água que mata a sede, afoga.
Tal como o mesmo sentimento que faz o meu coração palpitar, como se não coubesse mais no meu peito, me enterra na mais profunda nostalgia.
Da tua água bebi, mas quanto mais bebia mais desejava e, no fim, acabei por me afogar, já não me lembrava o que era viver sem a tua água, aquela que parecia (só parecia) a minha melhor fonte (de alegria).
Então... quando no meio desse deserto, sem a tua água, me encontrava, abri os olhos, subitamente, e vi uma miragem, a miragem era o meu acreditar, não era só um sonho, acreditei no que tinha, no que me rodeava. E, de tão cega de tristeza, não me permiti ver, agarrei-me a tudo o que podia, talvez a um simples sorriso, a um simples pôr-do-sol ou aquela simples melodia. E a miragem dessa fonte tornou-se real. E afinal ainda tinha um mar imenso. Quase não podia acreditar, como era possível não o ter conseguido ver, mas eu sei, foi a tua água de contrastes. Agora,quando vejo o pôr-do-sol, de vez em quando, ou quando ouço aquela outra melodia… ainda desperta em mim o desejo, o desejo de no meio do meu mar, ter a tua água de contrastes.
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Scorpion