sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Esperarei por ti até que saibas onde estou!


Espero por ti sentada à beira da estrada. Olho para a esquerda, olho para a direita e não vejo nada nem ninguém que se pareça contigo.
Passa o dia, passa a noite e volto a dizer “Olá” ao novo dia que com a sua luz me abre os olhos. Recomeço a procura por ti.
Sei que a espera é longa e que talvez não apareças mas a esperança desperta-me a força que preciso para não desistir.
Já sei a rua de cor. Já reconheço quem passa. Já vejo todos…menos tu.
De braços abertos, de olhar para o céu ando em torno de mim mesma, à espera que a tua mão me pare.
Já me conhecem. Já sabem o que faço ali. Espero por ti.
Pode demorar dias, meses, anos. Eu não sairei daquela rua, porque sei que um dia irás passar por ela e olhar para mim, de novo, e estender-me-ás a tua mão, e aí poderei dizer que regresso a onde pertenço, ao teu mundo.
Desespero e não vejo nada. Só sei que quero a tua presença entrelaçada com a minha.
Quero o teu toque. Quero o teu olhar a entrar no meu. Quero ver, de novo, o mundo contigo. Quero poder dizer que estamos juntos. Mas nada disso é possível se não vieres ter comigo.
Esperarei naquela rua onde te vi pela primeira vez com outros olhos. Esperarei naquela rua onde genuinamente te vi.
Chamo por ti na esperança que me ouças e venhas atrás da voz que chama por ti.
Podem-me vir buscar, podem-me puxar, podem-me dizer que não mereces, podem-me até separar a alma do corpo. Nada disso me importa. Esperarei por ti, nem que seja para sempre.
Esperarei até que me encontres e me digas que não preciso esperar mais. Nesse dia olharei outra vez para o mundo. Nesse dia farei o tempo recomeçar a sua contagem.
Não me movo daqui. Esperarei por ti até que venhas ter comigo e me leves. Me leves ou partilhes aquela estrada comigo.

Mas…por enquanto, a única coisa que faço é pedir, a quem passa, que te diga onde estou!


Guid@