sábado, 13 de dezembro de 2008

Separados...


Tento, num acto de coragem, fixar o olhar no sol mas não o consigo encarar. Da mesma forma que não consigo perceber o porquê dos nossos mundos não se conjugarem.
Sinto que estou a um paço de te tocar. No entanto, há algo que me impede de o fazer!
Quando penso que estou perto de ti, o mundo mostra-me que não é verdade e que afinal estás mais longe do que eu imaginava. São nesses momentos que sinto o toque do afastamento, que na realidade, se instalou entre nós. Afastamento imperativo, que não se deixa vencer por muito forte que seja qualquer vontade minha, e talvez inconsciência tua.
Anseio pela força do vento que, subtilmente, me trás pedaços do que já vivemos juntos. E este lança-me o corpo em direcção a um sonho que já não passará disso, meramente um sonho.
Eu sei que o que me espera é o caminho que, inocentemente, se deixa ver e que se encontra, inevitavelmente, à minha frente. No entanto, o que eu quero é o que está para trás, o que faz parte do meu passado. Eu quero que tudo volte a fazer parte do meu presente e que não saia de lá e que juntamente comigo se possa transformar num futuro infinito.
È horrível pensar que tudo o que vivemos, só para mim fez sentido.
Não sei dar continuidade à vida sem pensar que faltas tu, para tudo ser meramente perfeito.
São nestes momentos, como o de agora, que percebo que o meu desejo não só nunca foi real, como que caminho para uma realidade que cresce sem ti.

Caminho vencendo o vento e amachuco as folhas que contra mim vêm, porque é isto que tenho vontade de fazer à minha vida e a quem nela habita.


Guid@