sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dá medo...

Dá medo...

Das incertezas do dia seguinte
Do viver sem sentido, sem razão
Da monotonia das noites vazias.
Sem esperanças ou motivação

Dá medo...

De perder as palavras totalmente
E romantismo nelas não mais haver
Dos pensamentos não te alcançarem
E dos meus olhos, você esquecer.

Dá medo...

De não achar refúgio nas tempestades
E nas revoltas ondas do mar dolente
Sofrer a angustia torpe de perceber
O frio cortante do seu olhar ausente.

Dá medo...

De sufocado e envolvido pela culpa
O amor ser varrido totalmente
E nossos sonhos serem todos banidos
E levados de nós, pelo vento quente.

Dá medo...

De nossas almas fadadas ao exílio
Em cem, mil dias de solidão.
De lágrimas vertidas, inutilmente.
De sentir frio e vazio o coração.

Dá medo...

De no limiar da minha vida, concluir.
Que o anoitecer esperado foi esquecido
Que a porta sempre aberta, não existiu
De nas suas madrugadas, eu nunca ter existido!

Dá medo sim!

Li@