sábado, 18 de outubro de 2008

Lágrimas

O meu ser se consome em pranto,
Os meus dias choro intensamente,
Esperando da dor não recente,
O alívio... por que sofrer tanto?

Rolam lágrimas como torrentes
E por vezes nem isso eu tenho
E querendo chorar eu detenho:
A agonia e a dor tão latentes.

Peço mais do que incessantemente
Solução para Deus, para o mundo;
Porém quanto mais peço mais fundo
Regride-se, piora minha mente;

Até quando, até quando essas cenas:
Desamor, dor, tortura, loucura
Juntas insistirão na ruptura
Do sorriso... ilusão era apenas?

Por que ria e sorria, meu Deus?
Um palhaço acaso era eu?
Porém sei, o sentimento que é me
Do sofrer, também eram os Seus;

Masoquista sei bem que não és,
Muito menos sádico cruel;
Então volte, Deus, desça do céu,
Pra ao menos tocar-te os pés.

Sinto falta do abraço do afago,
Do Teu beijo, do olhar, do curar,
Que só Tu podes a mim doar;
O meu preço sei que já foi pago.

Só descendo daí, de onde estás,
Só voltando, Deus, para me buscar,
Poderás o meu pranto enxugar;
Poderei ter sossego ter paz.

Li@