domingo, 26 de outubro de 2008

vozes

Oiço uma voz num eco inacabado, dizendo palavras de amor ainda por inventar. Uma voz tentando explicar-me o que já soube e hoje esqueci.
A minha sombra diz que sinto um vazio e que isso faz-me sorrir com uma tristeza profunda.

Na companhia da minha saudade, desabafo apenas com as lágrimas que, por instinto deslizam. Numa sucessão de alucinações, já antes verídicas, essas lágrimas dão-me lições para um futuro incompleto. É uma ausência que me incomoda e faz fluir todas estas palavras vindas do meu coração, conduzindo as minhas mãos ao escrevê-las.


Irish Lopes.