quinta-feira, 23 de outubro de 2008

mares nunca antes navegados


Farol, sou um pequeno barco perdido no mar, à procura do rumo certo. Outrora fui um veleiro sereno, com as velas ao vento, não o habitual "ar em movimento", mas o amor, a correr de um lado para o outro, a mover a embarcação e dois corações jovialmente apaixonados. Naveguei por mares calmos, suportava dois pesos que apenas valiam por um, como sempre acontece no amor. Paisagens exuberadas de beleza, cenários de um amor único como o mundo jamais tinha visto. E a tua luz esteve sempre a iluminar este forte sentimento, era a sua energia. Porque a tua luz se apagou, então? Por tua causa, um dos corpos abandonou a embarcação, e ficou só um, a chorar desalmadamente, a sofrer como nunca tinha sofrido, e a culpa foi tua! Felizmente, aprendi a ser náufrago, a ver que na escuridão pode também existir beleza, porque agora que não existe luz, posso contemplar o luar, posso acreditar que existe um porto melhor, talvez no outro lado do mundo, mas não vou desistir enquanto não o encontrar.

Ilumina-me, farol...mostra-me esse caminho que tanto anseio por encontrar!

Ritz Mkz