sábado, 29 de novembro de 2008

É bom!


É bom quando estamos de bem com a vida. É ela a nossa passadeira vermelha, aquela que nos dá a oportunidade de brilhar em diversos momentos. No entanto, também é a que, no meio de todos os que fixam os olhos em nós, revela o que mais temos escondido com o véu da alma.
Podemos andar na rua e não saber quem somos, mas se ao mesmo tempo nos tocarmos e sentirmos que somos reais, talvez possamos encontrar a resposta que nos guia até ao nosso reencontro.
Olhamos para o céu e podemos avistar pequenas cenas do filme que foi a nossa vida. Cenas que, outrora, dissemos que nunca iríamos esquecer. Mas esquecemos.
E é no relembrar de cada uma delas que percebemos o porquê de as guardar mas no entanto, não rebobinar.
È lindo acordar de manhã e não saber que parte da vida se desvendará. Sabemos apenas, que a vamos viver!
Mesmo que alguém perca tempo a tentar arrancar o nosso sorriso do rosto…E se o conseguirem, serão sempre vencidos pelo olhar que reflecte o sorriso interior que ninguém, mas absolutamente ninguém conseguirá roubar.
È bom poder vaguear na praia, ouvir a voz das ondas e sentir o forte abraço que o vento nos confia. Os sentidos despertam. Fazem-nos perceber que há muito mais para viver que aquilo que, em silêncio, incutimos a nós próprios.
É doloroso quando o sofrimento espreita pela nossa janela da vida e decide dizer que voltou. Mas e porque é que não somos capazes de fechar essa janela e não deixar que nos exturcam a única coisa que detemos e que da qual não somos capazes de abdicar?
Deixamo-nos vencer pelo factor surpresa que o sofrimento trás com ele, quando reaparece!
È bom quando depois de longos tempos, em que as lágrimas são impostas por nós, nos deixamos corromper por um sorriso, ainda que falso, que persiste… e persiste…e persiste para se fazer ver.
È bom quando ao fim de constantes medições de forças entre os olhos e a boca, o sorriso e lágrima, o desgosto e a indiferença, conseguimos finalmente alcançar o reencontro que procurámos na rua.




Guid@