terça-feira, 25 de novembro de 2008

Renasço a pouco e pouco...


Que se pode dizer daquilo a que se chama vida?
Tudo começa no “nascimento” de uma estrelinha que desceu dos céus para cair nuns braços que estavam dispostos a amá-la.
A estrelinha foi crescendo e foi vivendo cada momento, como se não houvesse mais nenhum outro para ser vivido.
Partilhou a sua vida com pessoas que tanto significaram, e ainda significam, para ela.
Era feliz. Tinha tudo o que era importante para uma vida.
Mas nem tudo dura eternamente. O pior aconteceu e…a estrelinha morreu.
Alguém a abandonou. Não por querer, não por ter vontade de ir embora, mas porque assim teve que ser. Não foi uma partida de livre vontade, mas porque assim teve que ser.
Todos os dias a estrelinha olhou para o mundo a onde pertencia, o céu, e perguntava a si mesma, porque não pôde ir ela também, de novo, para lá. Era a ele que pertencia e também onde agora pertencia quem a abandonou.
A estrelinha cresceu. Sempre com a vontade de partir para o mundo da qual tinha vindo. A vontade que tinha de voltar a ver quem lhe preenchia o coração, superava a vontade de permanecer onde, quem a queria perto de si, a tentava aprisionar.
A estrelinha cresceu mais e… mais.
A saudade consome-lhe a alma. Em repouso, o seu sonho deixa de ser apenas isso, um sonho, para passar a ser uma realidade diante dos seus olhos. Mas esses olhos não permanecem para sempre fechados. È então que se abrem…e a estrelinha percebe que o seu sonho ainda não será vivido. Não agora.
A estrelinha perdeu um dos seus “braços”. Um braço que lhe pertencia por direito e lho tiraram, sem qualquer intenção é verdade, mas tiraram. Um braço que fazia da estrelinha quem ela realmente era.
Vive incompleta. Ninguém preenche o lugar que lhe falta, para saber quem é!
Mas uma coisa a estrelinha sabe:
Essa estrela, sou EU. Eu, que renasço a pouco e pouco!

Guid@