sábado, 18 de abril de 2009

adeus.

O dever, o tempo e o destino separam-nos...mas o sentimento não conhece fronteiras e une-me a ti como se estivessemos de mãos dadas para sempre! Adeus.

(o texto não é meu. sinceramente...encontrei-o numa banda desenhada :P)

Adeus. São as cinco letrinhas mais complicadas da vida, tomando vantagem em relação à assustadora saudade. Acarreta deixar tudo para trás, definitivamente, sem pensar novamente no que já lá foi. Caso contrário, iremos levar com o segundo lugar do pódio, com as suas sete cortantes letras, afiadas como lâminas de espadas, que nos atravessam bem pelo meio do coração, rasgando válvulas, desfazendo aurículas, emaranhando veias.

Por vezes, as pessoas não sabem dar a devida utilização à palavra, confundindo-a com outra, semelhante: o até já. É como se escrevessemos a história da nossa vida e, em vez de utilizar o ponto final (impedindo-nos de, mais tarde, desenvolver novos parágrafos sobre o assunto), utilizássemos as misteriosas reticências, que escondem por detrás de si a esperança de um dia dar continuidade à história que começámos, dando um intervalo para distrair as atenções para outros locais de interesse.

A pior das dúvidas, a pior das inquietações, é quando não temos a certeza do que a outra pessoa disse. Dirigiu-nos um seco e permanente Adeus mas, por vezes, parece que se trata apenas de um breve (ou não) até já. Um até já dito pelo olhar de quem um dia transbordou sentimentos, que afirmou perder pelo caminho, o caminho que percorreu junto de outra pessoa. Mas até que ponto poderá ir a capacidade de omissão do Homem? Ou até que ponto pode o Homem ser tolo para confundir a verdade e a mentira? Até que ponto pode ser verdadeiramente ingénuo para acreditar num até já, que pensamos ter sido dito, mas do qual não temos confirmação lógica? As palavras não são o mais importante, mas sim o que fazemos. Mas será que o fizemos?


Dizem que, se não conseguirmos tirar algo ou alguém do coração, então é porque essa coisa ou pessoa deve lá estar. O problema é que não encontro uma singela razão para a sua permanência. Nada, a não ser que isto seja algun género de praga. A esperança é a última a morrer, mas eu não sei se devo ter esperança, eu não sei se quero ter esperança. Estou farta de acreditar no que me dizem e no que fortemente desejo, e de os planos sempre me sairem furados. Sempre acreditei em ti, e o teu veredicto final não foi excepção. Nada restou, não existem reticências. Afinal, foi o que tu disseste...



ritzm