quinta-feira, 2 de abril de 2009

o meu vício de ti

Amigos como sempre
Dúvidas daqui para a frente
sobre os seus propósitos
é difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

Enquanto a musica não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti (2x)

Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.

Enquanto a música não me acalmar
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
não percebo porque não esmorece
será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti (3x)

Eu canto a sós pra cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir
mas sei que nada vai mudar
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...



Vício de ti - Mesa

As mazelas da alma são difíceis de curar, se é que se podem curar. Neste momento, o meu único alívio seria desabafar contigo, soltar os pequenos espinhos que me enchem a garganta nestes últimos meses em que não posso contar com a pessoa que melhor me compreendia neste mundo. Sempre achei impressionante, o modo como nos complementávamos em todos os aspectos das nossas idas. Até mesmo as conversas tolas sobre os nossos clubes de futebol, completamente opostos, faziam-me sentir que tu eras a pessoa perfeita, e sempre me considerei sortuda por ter encontrado alguém assim, numa idade tão reduzida. Nestes últimos dias, sozinha no conforto do lar, tenho pensado em ti, mais do que noutra altura dos últimos tempos. Por muito esforço que faça para perceber o imperceptível, não existe meio de explicar a metamorfose súbita a que te submeteste. Depositei tanto de mim em ti...e sei que nunca conseguirei recuperar tudo o que apostei.

[ Ironia do destino...passamos uma vida a considerar-nos fortes e independentes, até que damos por nós a sofrer, presos a um passado feliz. ]

ritzm